Este artigo objetiva refletir sobre as dificuldades das mulheres marajoaras residentes no núcleo urbano de Breves-PA de acessar a água, compreendendo tal problema como uma negação de uma cidadania plena. É resultante do estudo de doutoramento em Antropologia Social de uma das autoras e do projeto de pesquisa PIBIC – Prodoutor. As metodologias aplicadas foram a Etnografia e a História Oral, respectivamente, realizadas junto às idosas participantes dos Centro de Referência de Assistência Social municipais nos anos de 2014 a 2018 e em 2019. O debate interpreta o acesso à água como um direito humano e que as mulheres de periferia são as mais atingidas com a água de péssima qualidade. Foi possível identificar as estratégias diárias para adquirir água e realizar suas tarefas, constituindo-se numa problemática constante em suas vidas.