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GESTÃO COMPARTILHADA E CONFLITO SOCIOAMBIENTAL EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: O CASO DA RESEX MARINHA MESTRE LUCINDO, MARAPANIM-PA
SHARED MANAGEMENT AND SOCIO-ENVIRONMENTAL CONFLICT IN CONSERVATION UNITS: THE CASE OF MARINE RESEX MESTRE LUCINDO, MARAPANIM-PA;
GESTIÓN COMPARTIDA Y CONFLICTO SOCIOAMBIENTAL EN UNIDADES DE CONSERVACIÓN: EL CASO DE RESINHA MARINHA MESTRE LUCINDO, MARAPANIM-PA
Registro en:
10.18542/ragros.v13i2.10085
Autor
Santos, Márcia Cristina
Bastos, Rodolpho Zahluth
Barbosa, Wagner
Tupiassu, Lise
Canto, Otávio do
Institución
Resumen
O presente artigo visou identificar os limites da gestão compartilhada na Reserva Extrativista (RESEX) Marinha Mestre Lucindo, considerando os conflitos socioambientais existentes. A RESEX foi criada em 2014, é gerenciada por um Conselho Deliberativo e ainda não possui Plano de Manejo implantado. Para alcançar este objetivo, foi necessário realizar um levantamento bibliográfico-documental acerca do tema, e trabalho de campo, consistindo de entrevistas; participação em reuniões do Conselho Gestor da RESEX; participação em oficinas de Cartografia Participativa na RESEX, realizadas pelo Grupo de Pesquisa Sociedade-Ambiente das Amazônias (GPSA-Amazônias), apoiada pela CAPES/COFECUB e CNPq; levantamentos sobre o perfil das famílias beneficiárias da RESEX e participação nas atividades de monitoramento do pescado, realizadas pelo Instituto Chico Mendes para Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e, ainda, realização de registros fotográficos. Essas etapas metodológicas possibilitaram identificar as interrelações entre os conselheiros, bem como os conflitos socioambientais relatados por eles, e os limites da gestão compartilhada. As entrevistas foram direcionadas aos conselheiros, e permitiram identificar os principais conflitos socioambientais existentes na RESEX a partir da perspectiva deles. O trabalho constatou que os limites existentes na gestão compartilhada da RESEX são: deficiência do sistema de informação entre a maioria dos conselheiros, baixo grau de participação da população no processo de gestão da RESEX, dificuldade de mediação relativa aos interesses dos membros do Conselho Deliberativo, comunicação frágil entre as comunidades da RESEX e a implantação do Núcleo de Gestão Integrada (NGI). This article aimed to identify the limits of shared management in the Mestre Lucindo Marine Extractive Reserve (RESEX), considering the existing socio-environmental conflicts. RESEX was created in 2014, is managed by a Deliberative Council and does not yet have a Management Plan in place. To achieve this goal, it was necessary to carry out a bibliographic-documentary survey on the subject, and field work, consisting of interviews; participation in meetings of the RESEX Management Board; participation in Participatory Cartography workshops at RESEX, carried out by the Society-Environment Research Group of the Amazon (GPSA-Amazônia), supported by CAPES/COFECUB and CNPq; surveys on the profile of RESEX beneficiary families and participation in fish monitoring activities carried out by the Chico Mendes Institute for Biodiversity Conservation (ICMBio) and also carrying out photographic records. These methodological steps made it possible to identify the interrelationships between the councilors, as well as the socio-environmental conflicts reported by them, and the limits of shared management. The interviews were directed to the councilors, and allowed to identify the main social and environmental conflicts existing in RESEX from their perspective. The work found that the existing limits in the shared management of RESEX are: deficiency in the information system among the majority of councilors, low level of participation of the population in the RESEX management process, difficulty in mediating regarding the interests of the members of the Deliberative Council, weak communication between the RESEX communities and the implementation of the Integrated Management Center (NGI). Este artículo tuvo como objetivo identificar los límites del manejo compartido en la Reserva Extractiva Marina Mestre Lucindo (RESEX), considerando los conflictos socioambientales existentes. RESEX fue creada en 2014, es administrada por un Consejo Deliberante y aún no cuenta con un Plan de Manejo. Para lograr este objetivo, fue necesario realizar un relevamiento bibliográfico-documental sobre el tema, y un trabajo de campo, consistente en entrevistas; participación en reuniones del Consejo de Administración de RESEX; participación en talleres de Cartografía Participativa en RESEX, realizados por el Grupo de Investigación Sociedad-Medio Ambiente de la Amazonía (GPSA-Amazônia), apoyado por CAPES / COFECUB y CNPq; encuestas sobre el perfil de las familias beneficiarias de RESEX y participación en las actividades de monitoreo de peces que realiza el Instituto Chico Mendes para la Conservación de la Biodiversidad (ICMBio) y también la realización de registros fotográficos. Estos pasos metodológicos permitieron identificar las interrelaciones entre los concejales, así como los conflictos socioambientales denunciados por ellos, y los límites de la gestión compartida. Las entrevistas fueron dirigidas a los concejales, y permitieron identificar los principales conflictos sociales y ambientales existentes en RESEX desde su perspectiva. El trabajo encontró que los límites existentes en la gestión compartida de RESEX son: deficiencia en el sistema de información entre la mayoría de concejales, baja participación de la población en el proceso de gestión de RESEX, dificultad para mediar sobre los intereses de los miembros de la Consejo Deliberante, débil comunicación entre las comunidades RESEX y la implementación del Centro de Manejo Integrado (NGI).