O conceito de resistência tem sido discutido no âmbito dos estudos literários desde o fundamental artigo “Narrativa e Resistência”, de 1996, de Alfredo Bosi, quando define a resistência em duas dimensões: a) resistência como tema: resistência como escrita imanente. Neste trabalho proponho que o conceito de resistência pode ser lido por como modo valorizar subjetividades apagadas historicamente, por isso, temos espaço para pensar a resistência como existência, quando contemporaneamente temos contato com inúmeras obras literárias, artísticas e culturais, preocupadas em dar visibilidade a existências apagadas durante muito tempo em nossa sociedade. Neste estudo, vamos analisar duas romances contemporâneos: “Desmundo” (1996), de Ana Miranda; e “O Karaíba: uma história do pré-Brasil” (2010), de Daniel Munduruku.