Buscar o sagrado pressupõe movimentos que transportem o homem do caos ao cosmo. Esta análise da obra Os mortos não querem volta, um romance na esteira do fantástico, almeja investigar comportamentos ritualísticos e sinais sacrificiais empreendidos nessa procura que se tornam evidentes no contexto de Airton Maranhão: a edificação da capela, a construção e o transporte do cruzeiro escarlate, o momento eucarístico, a imolação com o prego, a revelação da nudez e a destruição do espaço sacro. Este artigo se fundamenta nos ensaios de Mircea Eliade e Georges Bataile e se utiliza, em segunda ordem, de uma discussão acerca da literatura fantásticas.