Partindo de algumas inquietações sobre a questão da alteridade tratadas por Peirano(2000) e dos cosmopolitismos de fronteira problematizados por Agier(2016), o presente texto visa refletir sobre  a relação entre as variáveis “espaço” e “poder” e suas implicações enquanto obstáculo epistemológico para a compreensão da alteridade nas cidades, em especial naquelas localizadas nas áreas de fronteira. Para tanto, tomamos como campo as observações realizadas na cidade Rorainópolis-RR, local que de acordo com os estudos de Martins(2018), pode ser compreendida como uma fronteira, ou seja, o lugar da alteridade e do encontro. A pesquisa de campo foi realizada ao longo de seis meses na referida cidade, por meio de observações diretas, produção de fotografias, pesquisa documental e em estudos afins.