Neste trabalho, as doses absorvidas produzidas em ??gua pelo feixe de radia????o de um Acelerador Linear Cl??nico - CLINAC 600C TM (Varian), com feixes de f??tons de 6MV, foram avaliadas te??rica e experimentalmente em configura????es de campos quadrados, em seguida, em configura????es de campos estreitos e circulares, obtidos com um colimador micro multi-l??minas - mMLC m3TM (BrainLab). A avalia????o te??rica foi feita por meio de c??lculos com o M??todo de Monte Carlo. As curvas de porcentagem de dose profunda PDP e respectivas raz??es tecido m??ximo TMRs derivadas, do CLINAC 600C, medidas experimentalmente, foram validadas por meio de compara????es com valores de refer??ncia, bem como com medidas usando diferentes detectores. Os resultados indicam diferen??as menores que 5% pontualmente e em m??dia menores que 1,5% para cada campo avaliado, quando comparados aos valores do comissionamento anterior (realizado no ano de 1999) e aos valores da literatura. Na compara????o das medidas feitas com c??mara de ioniza????o e com diodo, a m??dia das diferen??as pontuais das curvas de PDP foi de -0,6% e as diferen??as entre os perfis laterais de dose ficaram dentro de 1%, na regi??o plana. O diodo fornece medidas de perfil com melhor resolu????o espacial. Os fatores relativos de dose dos campos abertos, atualizados, concordam com os valores de refer??ncia anteriores dentro de 1,03% de discrep??ncia. As curvas de distribui????o de dose absorvida em ??gua, atualizadas, s??o, agora, consideradas de refer??ncia e permitem caracterizar o feixe desse CLINAC para o c??lculo de dose em pacientes. Os espectros de f??tons resultantes das simula????es por Monte Carlo com os c??digos PENELOPE e MCNP concordam em aproximadamente 80% dos pontos amostrados, sendo que as energias m??dias de (1,6 ?? 0,3)MeV, com o MCNP, e de (1,72 ?? 0,08)MeV, com o PENELOPE, s??o coincidentes. O modelo de fonte simples do CLINAC 600C, criado com o c??digo PENELOPE, permite calcular as distribui????es de dose em ??gua, de campos abertos, com discrep??ncias da ordem de ??1,0% na dose e de ??0,1 cm na posi????o, se comparados a medidas experimentais. Esses valores de discrep??ncia atingem os crit??rios propostos inicialmente para validar o modelo de simula????o e garantir sua aplicabilidade nas avalia????es dosim??tricas da Radioterapia desse CLINAC. A descri????o geom??trica do mMLC m3 para fins de simula????o pelo M??todo de Monte Carlo, utilizando o c??digo PENELOPE, foi considerada satisfat??ria ao permitir avaliar a transmiss??o desse colimador dentro de uma incerteza de ??0,2% e calcular uma subdosagem m??dia de (11,4??2,0)%, devida ao efeito ling??eta-v??o, que coincide com o valor determinado experimentalmente de (12,5??2,7)%, espec??ficos para esse projeto de colimador. Os programas de simula????o por Monte Carlo, que fazem o uso de um modelo de fonte simples do CLINAC 600C, combinado com o modelo completo do mMLC m3, permitiram calcular PDPs em ??gua, de campos conformados, dentro do intervalo de ??1% de discrep??ncia, enquanto que os fatores relativos de dose de campos conformados pelo mMLC puderam ser calculados com incertezas que variam de 1 a 3% concordando com os valores experimentais. Esses campos avaliados representam campos pr??ximos ??queles usados nos tratamentos. Os resultados do trabalho garantem um conhecimento dosim??trico maior do colimador micro multi-l??minas m3, utilizado nas t??cnicas de radioterapia e radiocirurgia estereot??xica tridimensionais, e fornece uma ferramenta ??til na avalia????o das doses produzidas em configura????es de campos complexas.Tese (Doutoramento)IPEN/TInstituto de Pesquisas Energ??ticas e Nucleares - IPEN-CNEN/SP