Dados estatísticos, ampla e sistematicamente divulgados, apontam para o envelhecimento da população mundial. Trata-se de um fenômeno novo, de repercussões múltiplas e intensas, representando um desafio tanto para sociedades desenvolvidas quanto para sociedades em desenvolvimento, a exemplo do Brasil. Diante de uma sociedade que vivencia um processo rápido de envelhecimento e que não se preparou para as demandas decorrentes do envelhecer, necessário se faz refletir acerca das demandas dos sujeitos envelhecidos. O envelhecimento, até pouco tempo, significou o “exílio”, impondo ao idoso viver excluído da sociedade. Contudo, com o avanço da ciência, esta etapa da vida começa a ser vivenciada com mais qualidade, pois os idosos brasileiros estão conscientes da necessidade de se manterem saudáveis, ativos e socialmente integrados. Ainda que a Educação seja relevante instrumento de promoção da cidadania e integração social, é incomum associá-la ao idoso, talvez pelo fato de o verbo aprender não ser, habitualmente, conjugado por pessoas idosas, mostrando-se necessário afastar os estereótipos do envelhecimento e da educação. O desafio a que este trabalho se propôs foi conjugar as duas temáticas “envelhecimento” e “educação”. Trata-se de pesquisa exploratória e descritiva, com predomínio da análise qualitativa dos dados, desenvolvida em três artigos. Nos artigos, busca-se refletir sobre a importância da educação para o envelhecimento ativo e bem-sucedido. O primeiro propõe uma discussão acerca da educação enquanto direito fundamental da pessoa idosa; no segundo, discute-se a educação do idoso enquanto notícia ou a ausência desta no Jornal Folha de São Paulo e na revista semanal Veja, periódicos de maior tiragem nacional; e no terceiro se propõe a investigar a visão dos idosos universitários e de seus familiares acerca da educação superior na terceira idade. Os resultados apontam para um sujeito negligenciado em seu direito, que tem sua cidadania subjugada e restrita à conveniência dos mercados. Contudo, há uma demanda crescente de educação escolarizada entre os idosos brasileiros, fenômeno que aponta mudança de comportamento social importante, ainda que eles representem pequena parcela dos 30 milhões de idosos brasileiros.Statistical data, widely and systematically disclosed, point to the aging of the world population. This is a new phenomenon, with multiple and intense repercussions, representing a challenge for both developed societies and developing societies, like Brazil. Faced with a society that experiences a rapid process of aging and has not prepared itself for the demands of aging, it is necessary to reflect on the demands of aging subjects. Aging, until recently, meant "exile", imposing on the elderly to live excluded from society, however, with the advancement of science, this stage of life begins to be lived with more quality, since the elderly Brazilians are aware of the need to remain healthy, active, and socially integrated. Although education is a relevant tool for promoting citizenship and social integration, it is unusual to associate it with the elderly, perhaps because the verb to learn is not usually conjugated by elderly people, showing that it is necessary to move away from stereotypes of aging and education. The challenge to which this work was proposed was to combine the two themes of "aging" and "education". This is an exploratory and descriptive research, with predominance of the qualitative analysis of the data, developed in three articles. These articles seek to reflect on the importance of education for active and successful aging: the first proposes a discussion about education as a fundamental right of the elderly, the second discusses the education of the elderly as news or the absence of this in the Jornal Folha de São Paulo and the weekly magazine Veja, newspapers with the greatest national circulation, and the third aims to investigate the views of university students and their families about higher education in the third age. The results point to a subject neglected in his law, who has his citizenship subjugated and restricted the convenience of the markets. However, there is a growing demand for schooling among the Brazilian elderly, a phenomenon that indicates a significant change in social behavior, even though they represent a small part of the 30 million Brazilian elderly.