Dissertação
Dietary advanced glycation end products intake and cardiometabolic risk in overweight adults
Consumo de produtos finais de glicação avançada e risco cardiometabólico em adultos com excesso de peso
Registro en:
TAVARES, Juliana Ferreira. Dietary advanced glycation end products intake and cardiometabolic risk in overweight adults. 2018. 65 f. Dissertação (Mestrado em Ciência da Nutrição) - Universidade Federal de Viçosa, Viçosa. 2018.
Autor
Tavares, Juliana Ferreira
Institución
Resumen
Obesity has reached epidemic proportions worldwide and it is considered a severe public health problem. Overweight is associated with inflammation and oxidative stress, leading to chronic diseases manifestation. The results of recent studies suggest that advanced glycation end products (AGEs), in turn, may favor inflammation and oxidative stress occurrence. Therefore, the consumption of diets rich in AGEs may be involved in the pathogenesis of chronic diseases. Although the effect of the consumption of dietary AGEs has been investigated in animals and humans with diabetes and impaired renal function, studies in overweight healthy subjects are scarce. Therefore, we conducted a systematic review in which we critically analysed clinical studies that evaluated the effects of dietary AGEs on overweight related complications. We also conducted a cross-sectional study to explore the associations between dietary AGEs versus cardiometabolic risk markers in healthy overweight adult subjects. In our systematic review we verified that dietary AGEs restriction seems to improve anthropometric, glycemic, cardiometabolic and inflammatory markers, suggesting that it may be a therapeutic strategy to promote health and prevent chronic diseases. In our cross-sectional study, we estimated the habitual dietary AGEs intake using a Quantitative Food Frequency Questionnaire to assess our subject’s previous six months food intake. We also assessed blood pressure, biochemical variables, homeostatic model assessment for insulin resistance (HOMA-IR), besides the concentrations of inflammatory, and oxidative stress markers. Dietary AGEs consumption was positively associated with malondialdehyde concentrations, an oxidative stress and lipid peroxidation marker, regardless of habitual physical activity, sex, body mass index, energy intake and macronutrients intake. Since oxidative stress is a condition implicated in chronic diseases pathogenesis and overweight subjects are already at high risk of developing such conditions, it is imperative to establish a safe recommendation on dietary AGEs intake and to further explore the molecular mechanisms underlying dietary AGEs and chronic diseases development. A obesidade atingiu proporções epidêmicas em todo o mundo e é considerada um grave problema de saúde pública. O excesso de peso se associa à inflamação e ao estresse oxidativo, levando à manifestação de doenças crônicas. Os resultados de estudos recentes sugerem que os produtos finais de glicação avançada (AGEs), por sua vez, podem favorecer a ocorrência de inflamação e estresse oxidativo. Logo, o consumo de dietas ricas em AGEs pode estar envolvido na patogênese das doenças crônicas. Embora o consumo de AGEs tenha sido investigado em animais e em indivíduos com diabetes e comprometimento da função renal, os estudos conduzidos em indivíduos com sobrepeso saudáveis são escassos. Por este motivo, realizamos uma revisão sistemática em que nós analisados criticamente os estudos clínicos que avaliaram os efeitos dos AGEs dietéticos em complicações relacionadas ao excesso de peso. Além disso, realizamos um estudo transversal para explorar as associações entre o consumo de AGEs e os marcadores de risco cardiometabólico em adultos saudáveis com excesso de peso. Em nossa revisão sistemática nós verificamos que a restrição de AGEs na dieta melhora marcadores antropométricos, glicêmicos, cardiometabólicos e inflamatórios e, portanto, sugerindo que esta pode ser uma estratégia terapêutica para promover a saúde e prevenir doenças crônicas. No estudo transversal, nós estimamos a ingestão de AGEs usando um Questionário Quantitativo de Frequência Alimentar pra avaliar a ingestão alimentar nos seis meses anteriores. Nós também avaliamos pressão arterial, variáveis bioquímicas sanguíneas, homeostatic model assessment for insulin resistance (HOMA-IR), além da concentração de marcadores inflamatórios e de estresse oxidativo. O consumo de AGEs na dieta se associou positivamente às concentrações de malondialdeído, um marcador de estresse oxidativo e peroxidação lipídica, independentemente da atividade física habitual, sexo, índice de massa corporal, consumo de calorias e ingestão de macronutrientes. Como o estresse oxidativo é uma condição implicada na patogênese das doenças crônicas e os indivíduos com sobrepeso já estão em maior risco de desenvolver tais condições, é imperativo estabelecer uma recomendação segura sobre a ingestão de AGEs e explorar os mecanismos moleculares relacionados ao consumo de AGEs no desenvolvimento de doenças crônicas.