Tese
Revisitando spix e martius: possibilidades para o geoturismo no carste
Registro en:
Scotti, Marcella Cristiane Amaral. Revisitando spix e martius: possibilidades para o geoturismo no carste. 2017. 188 f. Tese (Doutorado em Geografia) - Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte. 2017.
Autor
Scotti, Marcella Cristiane Amaral
Institución
Resumen
As expedições de viajantes e naturalistas pelo Brasil no século XIX foram essenciais no
sentido de retratar o carste e as cavernas ao longo dos caminhos percorridos. Tais relatos
contribuíram como um precioso registro histórico e geográfico dessas regiões que pode ser
utilizado como recurso para o desenvolvimento do geoturismo. Esse segmento tem como
proposta tornar acessível ao visitante o conhecimento geológico de um sítio, visando
utilizá-lo como instrumento de interpretação e educação ambiental e promover a
preservação do patrimônio. Sendo assim, como objetivo geral propõe-se investigar de que
forma as descrições realizadas por Spix e Martius podem contribuir para o
desenvolvimento do geoturismo em regiões que possuem o carste como embasamento
geológico. Para atingir o objetivo geral, foram selecionados os seguintes objetivos
específicos: verificar como o carste e as cavernas são identificados na obra de Spix e
Martius; avaliar o potencial de desenvolvimento do geoturismo nas áreas mencionadas por
Spix e Martius, a partir da avaliação dos sítios da geodiversidade; e levantar as
potencialidades e limitações da utilização das descrições de Spix e Martius como recurso
para o uso geoturístico dos sítios. Para alcançar os objetivos, foi necessário realizar
pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, trabalho de campo e análise da
geodiversidade dos sítios com base em Brilha (2015). A apresentação dos resultados
consistiu em apresentar os relatos de Spix e Martius desde a partida da Áustria até chegar
ao Brasil e realizar o trajeto do Rio de Janeiro ao Amazonas entre 1817 e 1820, e a
avaliação da geodiversidade dos quatro sítios selecionados para o estudo – Caverna de
Postojna (Eslovênia), Gruta da Nossa Senhora da Conceição da Lapa (Antônio Pereira -
Ouro Preto/MG), Lapa Grande (Montes Claros) e Gruta de Bom Jesus da Lapa (Bom Jesus
da Lapa/BA). A análise apontou a Lapa Grande como a caverna com maior potencial para
explorar as descrições dos naturalistas como recurso para o uso geoturístico do sítio. CNPq