Artigo
Aplicação de análises multivariadas para determinação da casta de abelhas Apis mellifera L. (Africanizadas), obtidas em laboratório
Autor
Silva, Izabel Christina da
Message, Dejair
Cruz, Cosme Damião
Silva, Marcos Vinícius Gualberto Barbosa da
Institución
Resumen
A técnica de criação de larvas de abelhas Apis mellifera em laboratório tem sido utilizada freqüentemente em estudos de desenvolvimento larval, determinação de castas e, mais recentemente, em testes de patogênese. A quantidade e a qualidade do alimento fornecido às larvas em laboratório podem levar à formação de castas diferentes (rainha, operárias ou intercastas). Neste trabalho, crias de abelhas africanizadas foram desenvolvidas a partir de larvas de 18-24 horas de idade até atingir a fase adulta, utilizando-se durante a alimentação, 4, 15, 25, 50 e 70 µl de dieta por larva, respectivamente, do primeiro ao quinto dia de alimentação. Para determinar se as abelhas adultas obtidas em laboratório eram pertencentes à casta de operárias, de rainhas ou se eram intermediárias (intercastas), foram comparadas com um controle constituído por operárias e rainhas da mesma origem das operárias desenvolvidas no laboratório, utilizando-se o peso e as medidas dos seguintes caracteres: a) comprimento da cabeça; b) largura da cabeça; c) comprimento do olho composto; d) largura do olho composto; e) comprimento do mesoscuto; f) largura do mesoscuto; g) comprimento da tíbia; h) largura da tíbia. Foram utilizadas a Função Discriminante de Anderson e a técnica de Componentes Principais, de modo a efetuar a discriminação das castas das abelhas adultas obtidas em laboratório em relação àquelas desenvolvidas naturalmente. Entre os caracteres avaliados, os que menos contribuíram para a determinação das castas foram o comprimento do mesoscuto e a largura da cabeça, sendo, portanto, dispensáveis em estudos futuros. Apis mellifera honeybee brood rearing in laboratory conditions has been frequentely used to search for larval development, caste determination, and more recently for tests of pathogenesis. The amount and quality of food received by larvae during the feeding time can produce different castes (queen, worker or intercaste). In the present work, brood were reared from larvae with 18-24 hours old to adult bee stage and fed 4, 15, 25, 50 e 70 µl of a special diet . To determine if the adult bees obtained in laboratory conditions were worker, queen caste or intercaste, they were compared with worker and queen adult bees obtained in natural conditions from the same colony. To discriminate the caste, the weight and the measures of the following characters were used: a) length of head; b) width of head; c) length of compound eyes; d) width of compound eyes ; e) length of mesoscutum; f) width of mesoscutum; g) length of tibia; h) width of tibia. Anderson Function Discriminant and the technique of Main Components were used to allow the discrimination of the caste of Apis mellifera obtained in laboratory conditions compared with worker and queen naturally obtained. Among the studied characteres the ones that fewer contributed to the determination of the castes were the length of the mesoscuto and the width of the head. These characteres can be discarded in future studies.