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Coffin Joe: between a Nietzschean intellectual and blasphemous exiles
Zé do Caixão: entre o intelectual nietzschiano e os degredados blasfemos
Registro en:
10.5902/2175497748340
Autor
Couto, Giancarlo Backes
Gerbase, Carlos
Institución
Resumen
The purpose of this article is to understand the construction of the Coffin Joe character, created and played by filmmaker José Mojica Marins, from the perspective of blasphemy. The text also defends Coffin Joe as a character created as a reminiscence of two blasphemous Modern Era archetypes, to with, the lower-class tavern-dwelling drunk and the upper-class irreligious intellectual. In order to defend said proposition, the article is based on analyses by Pieroni (2002) on exiles sent by Portugal to Brazil and texts critical of Christianity written by philosopher Friedrich Nietzsche (2012; 2013), comparing them with lines of dialog and acts practiced by Mojica’s character. The text concludes that a good portion of Coffin Joe’s success derives from his disposition of revolt against moral institutions, while enticing curiosity and generating disgust in the public. Este artigo tem como objetivo entender a constituição do personagem Zé do Caixão, criado e interpretado pelo cineasta José Mojica Marins, a partir do prisma da blasfêmia. Além disso, o texto defende Zé do Caixão como um personagem criado como reminiscência de dois arquétipos blasfemos da Idade Moderna, a saber, o bêbado das classes populares, que frequentava a taverna e o intelectual anti-religioso das classes altas. Para defender tal ponto, o artigo se baseia nas análises de Pieroni (2002) sobre os degredados de Portugal para o Brasil e os textos críticos ao cristianismo do filósofo Friedrich Nietzsche (2012; 2013), comparando-os com falas e atos do personagem de Mojica. O texto conclui que boa parte do sucesso de Zé do Caixão se deve a seu modo de ser revoltado contra as instituições morais, ao mesmo tempo em que atiça a curiosidade e ojeriza do público.