O uso desregrado do mercúrio na mineração artesanal de ouro em pequena escala ganhou notoriedade com a consolidação da Convenção de Minamata em 2013. A UNEP (United Nations for Environmental Protection), no mesmo ano, apontou que 37% das emissões antropogênicas de mercúrio para atmosfera são advindas de garimpos de ouro. Por isso, há uma preocupação mundial na melhoria dos processos usados para extrair ouro nesses locais e desenvolvimento de novas tecnologias eficazes para minimizar ou banir o uso desse elemento químico. Uma das propostas é o uso de retortas durante a decomposição térmica do amálgama de ouro. Portanto, este trabalho teve por objetivo desenvolver um método de avaliação da exposição ocupacional dos operadores frente a tal equipamento e, ao mesmo tempo, avaliar a possibilidade de arraste de metais preciosos durante esse processo térmico. De acordo com resultados experimentais, o uso da retorta testada evidenciou emissões significativas de mercúrio para a atmosfera bem como de metais preciosos. Essa constatação foi corroborada com a análise de amostras de solos, onde a decomposição térmica de amálgama é frequentemente realizada. Foram também realizadas análises Termogravimétricas (TG) de três diferentes amostras sintéticas de amálgamas (Au:Hg, Ag:Hg e Au:Ag:Cu:Hg) visando definir faixas adequadas de temperatura para a decomposição térmicas dessas amostras, quando da utilização de retortas, assim como determinar a proporção adequada metal:Hg.