Este estudo partindo do pressuposto que as pesquisas realizadas no campo educacional podem contribuir sobremaneira para que a escola possa refletir sobre suas concepções e práticas no tange às questões que envolvem e articulam o empoderamento feminino e as relações de gênero, buscou compreender quais são as principais tendências, ênfases e lacunas evidenciadas na produção científica sobre a temática feminismo e gênero na Educação Básica e em que medida essas pesquisas podem contribuir para o desenvolvimento de uma prática pedagógica feminista nas escolas. Como referencial teórico foram utilizados os estudos de Colling (2004), Schmidt, (2012); Praun (2011), Louro (1997) e Ivenicki (2019). Como metodologia foi escolhido o Estado da Arte, que foi realizado por meio de um levantamento e análise dos trabalhos publicados nos Anais das cinco últimas Reuniões Nacionais da ANPED (36ª à 40ª), tendo como foco da pesquisa, o GT 23 – Gênero, Sexualidade e Educação. O levantamento e análise de dados demonstrou que no banco de dados selecionado há um pequeno número de pesquisas que discutem e articulam feminismo, gênero e educação escolar básica, mas que ao mesmo tempo, os poucos trabalhos encontrados avançam nas discussões, pois possibilitam a reflexão sobre o currículo e as práticas pedagógicas, destacando a importância da inserção das questões de gênero na construção de uma escola mais multiculturalmente inclusiva que contribua para o empoderamento das mulheres.