Sabe-se que o português de países africanos vem sendo objeto de estudo de alguns pesquisadores, tais quais Silveira (2013) e Passos (2018). Baseando-se na Teoria da Variação e Mudança (WEINREICH, LABOV, HERZOG, 1968; LABOV, 1994, 2006 [1972]), este trabalho busca descrever o comportamento variável do ditongo /ei/ em contexto final na variedade do Português falada em Maputo, capital de Moçambique. Uma vez que a variedade moçambicana é caracterizada pela convivência com outras línguas, o objetivo desta pesquisa é observar se o fenômeno da redução do ditongo /ei/ é produtivo e estimulado por restrições de natureza linguística ou extralinguística, além de buscar semelhanças e diferenças entre as variedades brasileira, europeia e são-tomense, traçando um paralelo com o trabalho de Passos (2018). Os dados, tratados estatisticamente pelo programa GoldVarb-X, foram extraídos de uma amostra com 18 entrevistas, realizadas em Maputo, 2016, pertencente ao projeto Corporaport (disponível em: http://corporaport.letras.ufrj.br/projetos/)