O mercado de embalagens tem se mostrado cada vez mais preocupado com a questão ambiental. A principal matéria prima utilizada atualmente, o PET (poli(tereftalato de etileno)), não possui características de biodegradabilidade, representando um agente nocivo para o planeta. Assim, a busca da sua substituição por matérias primas com essa característica vem crescendo. Uma alternativa que surgiu há poucos anos, é a utilização de um poliéster aromático denominado PBAT (poli(adipato-co-tereftalato de butileno). Porém, suas propriedades de barreira à gases e mecânica não contribuem suficientemente para esta finalidade, sendo necessária a adição de uma carga à matriz polimérica. O grafeno, uma das nanoestruturas com maior foco de estudo atualmente, é conhecido por conferir excelentes propriedades em polímeros. O presente estudo buscou investigar a contribuição das nanoplaquetas de grafeno (NPG), ~1-2 μm, ao PBAT. Para tal, foi feito um processamento em extrusora com reciclo, a 145 °C, 100 rpm e concentrações 0; 0,2; 0,5; 1; 2; 5 % p/p de NPG/PBAT. Posteriormente, foram preparados filmes em prensa hidráulica. Estes foram caracterizados por técnicas como: FT-IR, GPC, TGA, DSC, DRX e ensaio de tração. Pôde-se concluir que a técnica de extrusão não permitiu um bom cisalhamento do NPG, promovendo a formação de microcompósito ao invés de nanocompósitos. O Modulo de Young da maior concentração aumentou cerca de 33 %, houve um aumento da temperatura de cristalização de aproximadamente 9 °C e também uma leve diminuição da estabilidade térmica.