A Bacia de Santos, localizada na margem sudeste do Brasil, é a bacia sedimentar offshore com a maior produção de petróleo do país, principalmente no intervalo do Pré-Sal. Os reservatórios encontrados nessa bacia são compostos por carbonatos litologicamente distintos, como coquinas (Formação Itapema) e microbialitos (Formação Barra Velha), depositados em sistemas lacustres de riftes desenvolvidos durante a quebra do paleocontinente Gondwana no Cretáceo Inferior. Com o intuito de analisar a bacia sob uma perspectiva regional, foi necessário recorrer a técnicas de imageamento indireto, como a interpretação sísmica 2D. Este trabalho propôs a geração de um mapa regional da Formação Camboriú, o embasamento econômico da Bacia de Santos. A partir da associação entre as seções sísmicas interpretadas sob o auxílio dos atributos sísmicos Instantaneous Frequency e RMS Amplitude e os dados gravimétricos e magnetométricos, foi possível identificação de quatro sub-regiões de destaque na bacia: o Alto Externo e três baixos estruturais, o Rifte Abimael e dois depocentros localizados nas porções NW e NE da bacia. Esse último se destaca por apresentar características importantes para a existência de um sistema petrolífero de interesse, como a existência de um bom selo formado por sal espesso e contínuo e a proximidade do limite entre a crosta continental e a crosta oceânica, região em que o grau geotérmico costuma ser mais elevado, favorecendo a geração de gás. Assim, considerando a importância dos estudos sobre a Bacia de Santos em diversas escalas, este trabalho busca agregar novos conhecimentos acerca do intervalo Pré-sal da bacia, com foco no embasamento econômico, e sob o ponto de vista da interpretação sísmica 2D.