A homeopatia utiliza medicamentos que obedecem a Lei dos Semelhantes e são manipulados através de diluições seguidas por sucussões (agitações). Após a potência 12 CH (12 a diluição medicamentosa) o fator de diluição é superior ao número de Avogrado, significando ausência do princípio ativo (PA) utilizado na manipulação do medicamento. Devido a sua farmacotécnica e a ausência de um mecanismo de ação descrito, o tratamento homeopático tem sido criticado pela sociedade científica. Tem-se utilizado métodos de análises fisico-químicas, espectrométricos, Microscopia Eletrônica de Transmissão e estudo de nanopartículas na busca de possíveis mecanismos de ação homeopáticos, e através de uma revisão integrativa, são descritas aqui as principais hipóteses atualmente propostas para os mesmos. Em relação a presença do PA em altas diluições, o estudo de nanopartículas mostrou que as sucussões dos medicamentos levam ao rompimento das partículas do PA, permitindo às mesmas serem observadas em altas potências. Já sobre a transmissão da informação medicamentosa ao organismo, o uso de diluições de biomarcadores permitiu demonstrar a presença de sólitons, considerados ondas estáveis, possivelmente gerados pela agitação das diluições, como candidatos da mesma. As agitações também poderiam gerar reativos de oxigênio, funcionando como sinais reguladores, fornecendo energia para reações biológicas. Também tem sido proposta a formação de grandes agregados de moléculas de água como geradores de ação biológica, baseados em alterações fisico-químicas descritas nas soluções homeopáticas. Enfim, esses avanços no entendimento da Homeopatia proporcionados por técnicas mais adequadas ao seu estudo podem levar a melhor aceitação da mesma e aumentar seu uso como terapia.