O presente trabalho busca analisar três artistas negras - Luedji Luna, Marina Iris e Liniker - do movimento definido como Música Popular Brasileira contemporânea e compreender como elas se projetam no mercado fonográfico rompendo com a expectativa colocada sobre mulheres negras na MPB ao se apropriarem das pautas raciais em sua produção e seus discursos. Através da busca de entrevistas, suas próprias músicas e redes sociais, articulada à história dos movimentos feministas e à teoria desenvolvida por intelectuais como Grada Kilomba, Lélia Gonzalez, Beatriz Nascimento, Sueli Carneiro, Heloisa Buarque de Hollanda, dentre outras, um panorama histórico é traçado, visando melhor compreensão da relevância das três analisadas. Além disso, são construídas breves biografias de outras artistas negras historicamente importantes, que pavimentaram o caminho antes de Luedji Luna, Marina Iris e Liniker, na busca por criar uma narrativa de constante evolução do tema no país.