As mudanças climáticas evidenciam cada vez mais que as opções tradicionais de matriz energética devem ser repensadas, tais mudanças são consequências do modelo atual de produção das indústrias e do consumo acelerado da população. Para que essa alta demanda seja atendida é necessário o envolvimento da cadeia logística em todo o processo. Diversos países vêm olhando mais atentamente para soluções alternativas que promovam a descarbonização das atividades econômicas. No Brasil, 12% das emissões totais de CO2 tem como responsável o setor de transportes, em um cenário em que o transporte de carga é predominantemente realizado pelo modal rodoviário, que por sua vez utiliza majoritariamente combustíveis fósseis, denotando elevado potencial de poluição. Devido a importância das emissões relacionadas ao transporte, este trabalho tem por objetivo central analisar alternativas de como promover a descarbonização da área de Transporte Inbound, no âmbito nacional, de uma grande empresa de cosméticos. Propõe-se, assim, entender a competitividade de dois biocombustíveis, o biometano e o etanol, perante o combustível usado atualmente na empresa analisada, o GNV. Os resultados demonstram que a substituição da matriz atual por biocombustíveis é positiva no âmbito de redução de emissões, mas oferecem restrições que impedem um atendimento da demanda reprimida. Para contornar tal situação, são necessários mais investimentos e incentivos, como tributários, para que haja a descarbonização da frota de transportes de carga no Brasil.