Este trabalho se propõe a investigar possíveis formas em que o Realismo Capitalista se projeta nas ações instituídas pelo judiciário no âmbito do cuidado da saúde mental. O método de investigação é o estudo de caso de Clara, submetida a partir de seus 12 anos a 4 Internações Psiquiátricas Compulsórias (IPC). O primeiro capítulo mapeia a estrutura do Realismo Capitalista a partir de Mark Fisher. O Segundo Capítulo apresenta o caso de Clara combinando os fatos narrados nas três pesquisas etnográficas realizadas sobre o caso. Logo após, o terceiro capítulo expõe as formas em que o judiciário passa a ser instrumento de aplicação e retroalimentação do realismo capitalista no caso estudado. Por fim, o trabalho fecha com o questionamento e apontamento de uma nova direção para o judiciário no percurso do cuidado mental, afastado da penumbra do Realismo Capitalista.