Introdução: A atenção farmacêutica é a prática na qual o farmacêutico utiliza o ato profissional para orientar sobre o uso correto e seguro de medicamentos. Essa atuação pode ser otimizada mediante o trabalho interprofissional e práticas colaborativas para sustentar ações integradas e mais resolutivas, onde todos os profissionais de saúde trabalham em conjunto compartilhamento o espaço profissional como um campo de comunicação em busca do cuidado que atenda todas as necessidades no processo farmacológico, especialmente do idoso. Tendo em vista que, a saúde do idoso ainda é considerada um complexo problema de saúde pública devido a vulnerabilidade à polifarmácia, através do consumo de cinco ou mais medicamentos podendo originar outros efeitos adversos, interações medicamentosas e, ainda, tendo o potencial de comprometer o sucesso do seguimento farmacoterapêutico. Objetivo: Analisar as evidências na literatura sobre a atenção farmacêutica no contexto interprofissional e colaborativo para o acompanhamento farmacoterapêutico ao idoso. Materiais e Métodos: O presente estudo realizou a revisão sistemática integrativa qualitativa do tipo descritiva e exploratória. A busca ocorreu nas bases de dados Scopus, PubMed, Medline e Lilacs via BVS, Scielo via Web of Science e Nature. Foram estabelecidos os seguintes descritores (DeCS): Interprofessional Education, Health of the Elderly, Pharmacists, Pharmaceutical Services, Polypharmacy e Aged. As estratégias de busca foram combinadas nas línguas inglesa, portuguesa e espanhola. O levantamento bibliográfico da pesquisa foi realizado no período de janeiro a março de 2022, com recorte temporal de publicações nos últimos 05 anos a partir do ano de 2017. Resultados e Discussão: A amostra final para análise foi constituída por 16 artigos, e analisando-os, pode-se afirmar que, há um número limitado de publicações que inserem o profissional farmacêutico na adesão dos idosos frente ao tratamento farmacológico e na prática colaborativa interprofissional. Estes estudos foram separados seguindo suas respectivas intervenções, como: desenvolver o conceito de educação interprofissional (EIP) para melhorar a comunicação da equipe; visitas domiciliares com acadêmicos para aperfeiçoar a EIP e a equipe de saúde; incorporação de um farmacêutico e estudantes farmacêuticos como parte de uma equipe interprofissional; inserir a EIP nos profissionais da estratégia saúde da família e do núcleo de apoio à saúde da família; revisões interprofissionais na farmacoterapia do idoso; testar a colaboração entre profissionais e pacientes para avaliar a não adesão à medicação; a desprescrição medicamentosa em cooperação entre os profissionais de saúde; plano de cuidados escrito, resumindo intervenções preventivas, visitas de acompanhamento e orientações elaborado em equipe; oferecer a continuidade no cuidado sob práticas colaborativas para reduzir a polifarmácia e treinamento interprofissional para os profissionais de saúde. Conclusões: O estudo indica que as intervenções elucidam positivamente a relação da equipe de saúde com o idoso e, ainda, sobre as possíveis contribuições do farmacêutico nesse processo estimulando a adotarem uma postura mais colaborativa para alcançar propósitos significativos na qualidade de vida dos idosos.