O presente trabalho traça um panorama geral sobre as questões atreladas a realização da atividade probatória, com o foco especial para as provas dependentes da memória. Primeiro, apresenta noções gerais sobre o processo penal, trazendo para o entendimento do leitor a perspectiva da instrumentalidade garantista, para então falar sobre as provas, o papel da verdade no processo penal e a epistemologia jurídica. Assumindo o ponto de partida como sendo garantista, aborda o princípio da presunção de inocência, analisando sua dupla função de regra de tratamento do imputado e regra de juízo. Expõe a cadeia de custódia a partir do viés do processo penal como dispositivo, trazendo à tona a importância do controle da qualidade epistêmica da prova penal, a fiabilidade probatória e as consequências da quebra da cadeia de custódia. Analisa as provas dependentes da memória, elencando os fatores que influenciam na sua confiabilidade. Por fim, observa as boas práticas para a realização dos procedimentos de entrevistas de vítimas e testemunhas e a realização do reconhecimento de pessoas, e, ainda descreve sobre a modalidade de realização do reconhecimento fotográfico como uma alternativa viável para um bom desempenho da atividade probatória.