É de conhecimento partilhado que o principal motivo atribuído a um mal desempenho hospitalar é a falta de financiamento ou perda de verba. Nesse sentido, esse estudo buscou analisar os indicadores de saúde de um hospital universitário à luz do financiamento do mesmo em uma série histórica de 10 anos. Ao analisar os indicadores clássicos como Admissão, Alta e Mortalidade Geral Hospitalar, observouse certa regularidade, o que evidencia pouca alteração na produção, mesmo com a enorme perda de espaço físico causado pela implosão de uma ala deteriorada. Atrelado a isso, o financiamento do hospital também se manteve regular, tendo, inclusive, aumentado no período em que a autarquia EBSERH— Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares — estava negociando a administração dos hospitais da UFRJ. Assim, percebe-se que o mito do subfinanciamento hospitalar como responsável pela perda de capacidades assistenciais não é justificado, pois nem os indicadores, tampouco no financiamento, decrescem e sim, mantêm-se estáveis.