O crescimento urbano desordenado teve grande influência sobre o agravamento dos problemas sociais no território nacional, principalmente sobre o déficit habitacional. Frente aos problemas de moradia as políticas públicas buscam propor soluções que nem sempre atendem às necessidades da população, muitas vezes oferecendo modelos de habitação padronizados e situados nas áreas periféricas, afastados do contexto urbano e desprovidos de infraestrutura urbana. Uma vez que esses modelos não oferecem respostas adequadas a seu contexto e futuros moradores, é preciso começar a repensar a produção de arquitetura de interesse social desenvolvida no Brasil. À luz do conceito de flexibilização dos espaços começa-se a pensar numa proposta de habitação social flexível situada na região central da Cidade do Rio de Janeiro, mais especificamente na Rua da Lapa, onde há ampla infraestrutura urbana capaz de atender essa população com ofertas de emprego, serviços de transporte público e saneamento básico. Dessa forma propõe-se não apenas uma habitação capaz de atender a diferentes perfis familiares, mas uma uma arquitetura que se integra ao tecido urbano e atende adequadamente aos seu usuários.