Este trabalho pretende analisar, por meio de fundamentação teórica, de caráter bibliográfico centrada no conceito de infância. Para isso, busca-se compreender um discurso recorrente de que a criança muito pequena pode ser entendida como um espectador, ou melhor dizendo, as conquistas cognitivas e sociais parecem insignificantes diante do desenvolvimento físico, ou seja, ignora-se assim a fase da infância como um importante processo formativo fundamental de socialização. Esse estudo parte da ideia de que uma criança não deve ser percebida como um ser subordinado e passivo, mas como um cidadão de direito, de saberes e vivências, no qual pode compreender a articulação de diferentes conhecimentos. Desta forma, o trabalho objetiva descrever os conceitos de identidade e infância adotadas em processos educacionais e de construção individual, observando se há reverberação destes em grupos indígenas e não indígenas, considerando o período relacionado com a Educação Infantil. O tema desta pesquisa tem por fim refletir o processo educacional de crianças indígenas e não indígenas, visando as concepções de infância presentes nesses grupos sociais, a partir de conceitos gerais sobre a sociedade e estudos de especialistas do campo, observando os modos de perceber essa fase em diferentes culturas.