Visto como uma alternativa de transporte sustentável, o sistema Bus Rapid Transit (BRT) tem sido largamente adotado como uma alternativa de transporte coletivo a baixo custo e reduzido impacto ambiental negativo quando comparado a determinados modos de transporte rodoviário urbano, tais como automóvel particular. Na maior parte dos casos, as avaliações de impacto ambiental de um meio de transporte são baseadas exclusivamente nas emissões causadas pela queima de combustível. Porém, os veículos de passageiro não existem isoladamente e necessitam de um grande e complexo sistema para a sua operação. O presente estudo busca avaliar os impactos ambientais de cada etapa do ciclo de vida do BRT Transcarioca, na cidade do Rio de Janeiro, baseado na metodologia de Avaliação do Ciclo de Vida (ACV). A fronteira do sistema inclui a produção de matéria prima do veículo e da infraestrutura, construção da infraestrutura (via e estações), manufatura do veículo, operação e manutenção do BRT para um horizonte de 20 anos. O método ReCIPe foi usado para a Avaliação de Impacto do Ciclo de Vida (AICV) e os resultados mostram que as fases do ciclo de vida com maior participação na geração de impactos ambientais são a construção da infraestrutura e a operação do sistema. Também mostra que a fase de construção da infraestrutura tem maior impacto na ocupação de solo urbano; a operação do BRT tem maior contribuição para mudanças climáticas; a manufatura do veículo é pior para a ecotoxicidade terrestre e a manutenção afeta mais a categoria de depleção hídrica.