Trabalho de conclusão de graduação
Vigilância de chikungunya: aspectos epidemiológicos e evolução clínica
Registro en:
BARROS, Wagner Brito de. Vigilância de chikungunya: aspectos epidemiológicos e evolução
clínica. 2020. 44 f. Monografia (Graduação em Saúde Coletiva) – Instituto de Estudos em Saúde Coletiva,
Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2020.
Autor
Barros, Wagner Brito de
Institución
Resumen
Aproximadamente 70% das infecções pelo vírus chikungunya são sintomáticas, cujas formas
clínicas podem se apresentar em até 3 fases: aguda, subaguda e crônica. A característica altamente
incapacitante da doença e o diagnóstico diferencial com outras arboviroses em áreas de circulação
simultânea de dengue e Zika, por exemplo, tem sido um dos maiores desafios para as vigilância e
atenção. Objetivo: O estudo visa apoiar evidências a respeito dos fatores associados à cronicidade
dos casos de chikungunya com base na análise dos casos confirmados notificados pelo Serviço de
Vigilância em Saúde do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas. Métodos. Trata-se de
um estudo seccional com abordagem quantitativa baseado nos casos confirmados de chikungunya
atendidos no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas - INI/ Fiocruz em 2018. A
casuística de 334 casos confirmados de chikungunya foi obtida a partir dos casos notificados
como suspeitos de dengue e chikungunya entre os meses de janeiro a dezembro de 2018.
Resultado: O perfil dos casos de chikungunya atendidos no INI no ano de 2018 se caracterizou,
principalmente, pela maior frequência de mulheres, faixa etária predominante entre 20 e 44 anos,
escolaridade relativamente elevada. Quanto a raça/cor, grande parte se autodeclarou pardo. A
maioria dos casos de chikungunya atendidos na unidade eram residentes do próprio município do
Rio de Janeiro. Foi observada maior prevalência de hipertensão e petéquias nos casos que
evoluíram de forma crônica, quando comprados aos casos não crônicos. Sintomas mais
inespecíficos como cefaleia, mialgia e vômitos referidos na primeira consulta tiveram prevalência
superior nos casos não crônicos quando comparados aos casos crônicos. Conclusão: os presentes
achados trazem elementos que corroboram a relevância de identificar sinais precoces sugestivos
de evolução crônica em casos de chikungunya, como forma de contribuir para o manejo clínico
oportuno e adequado, evitando assim a evolução para formas incapacitantes da doença.