Analisa a associação feita entre a figura feminina e a área de confeitaria profissional, observando as características dessa área de atuação e as do que seria o perfil “natural” da mulher. Resgatando a história da confeitaria e discutindo questões de gênero e construção da mulher, tornou-se possível uma análise acerca da presença do machismo dentro da área da cozinha profissional, além da construção de um questionário que foi aplicado em quatro mulheres e três homens, totalizando sete entrevistas, todas com profissionais da área de cozinha e confeitaria. O conteúdo das entrevistas foi utilizado como forma de investigar e embasar os pontos destacados nesse estudo. Pela análise de conteúdo das falas das pessoas entrevistadas, verificaram-se questões relativas à divisão sexual do trabalho, às questões de raça dentro do feminismo, à associação do homem confeiteiro à homossexualidade, além de tópicos discutidos nas obras de Pierre Bourdieu, como o poder simbólico, a violência simbólica e o habitus.