Trabalho de conclusão de graduação
Revisão de literatura dos arranjos híbridos: as perspectivas de Oliver Williamson e Claude Menard
Autor
Behrens, Anna Luíza
Institución
Resumen
Este trabalho tem por objetivo fazer uma revisão de literatura dos arranjos híbridos,
segundo as abordagens de Oliver Williamson e Claude Ménard. O estudo dos arranjos
híbridos está inserido dentro da Teoria dos Custos de Transação, estruturado por
Williamson nas décadas de 1970 e 1980. Esta teoria considera que a racionalidade
limitada dos indivíduos, cercados por um ambiente de complexidade e incerteza, e com
possilibidade de comportamento oportunista pelos agentes, leva a que os contratos que
regem a transação econômica possam ser incompletos. Assim, conforme o grau de
especificidade do ativo em questão, faz-se necessária uma estrutura de governança que
coordene sua transação ex ante e ex post, alinhando os controles e incentivos a fim de
reduzir os custos envolvidos. O arranjo híbrido, conceito elaborado por Williamson em
1991, é o mecanismo adequado para quando o ativo transacionado possui especificidade
significativa, mas as partes preferem manter certa autonomia. Ménard refina esse
conceito e propõe a coordenação do arranjo via centros estratégicos. Estes teriam por
finalidade facilitar as decisões para que o arranjo alcance seu objetivo. O processo de
desenvolvimento passa pela maior divisão de trabalho na economia e pelo aumento do
volume de transações com ativos de maior especificidade. Logo, torna-se relevante
compreender esses arranjos e, eventualmente, o papel que o Estado pode desempenhar
nesse processo.