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Oferta, demanda e filas de espera no modelo descentralizado de regulação ambulatorial especializada do município do Rio de Janeiro. 2013-2017
Registro en:
GONÇALVES, Juliana Brito; SANTOS, Maria Angélica Borges dos. Oferta, demanda e filas de espera no modelo descentralizado de regulação ambulatorial especializada do município do Rio de Janeiro. 2013-2017. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Gonçalves, Juliana Brito
Santos, Maria Angélica Borges dos
Resumen
Em 1999, o município do Rio de Janeiro assumiu a responsabilidade pelas centrais de regulação ambulatorial especializada, seguindo modelo de regulação centralizado. A ampliação da APS sobrecarregou a central, gerando filas. Em 2012, a regulação foi descentralizada para responsáveis técnicos nas unidades básicas de saúde, concomitantemente a medidas para ampliar a quantidade de vagas disponíveis. Descrever impactos das mudanças no modelo de regulação de vagas para atendimento ambulatorial especializado no município do Rio de Janeiro entre 2012 e 2017 sobre oferta, solicitações de consultas e fila de espera. Estudo descritivo seccional de dados secundários contidos em relatórios de monitoramento da central de regulação ambulatorial do município do Rio de Janeiro, baseado módulo ambulatorial do software SISREG III, entre 2012 e 2017. Foram descritos oferta de primeira consulta por prestadores que disponibilizam vagas, solicitações realizadas no SISREG pelas unidades de APS e filas de espera. As solicitações cresceram 28,3% entre 2013-4, 16,7% em 2014-5 e 3,8% em 2015-6, sem crescimento aparente em 2017-8. No agregado do período, crescimento de 55,4%. A oferta de vagas cresceu 12,6% e 12,1% entre 2013-4 e 2014-5, 6,7% entre 2015-6, sem crescimento entre 2017-8. No agregado do período, crescimento de 35,2%. Diferenças entre solicitações e oferta de vagas eram de 10,7% em 2013 e ultrapassaram 20% (21,6-26,2%) a partir de 2014. As solicitações em fila de espera – que pressupõe desistências e não comparecimentos - subiram de 3,2% do total de solicitações (2013) para em torno de 5% entre 2014 e 2016, atingindo 13,9% em 2017. A descentralização da regulação gerou um substancial crescimento na demanda sem correspondente aumento da oferta. Ainda que haja desistências e não comparecimentos, tem havido crescimento da fila de espera. O controle da regulação pelos responsáveis pela demanda aumentou a fila de espera, sugerindo necessidade de examinar e qualificar a demanda.