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Gênero, estigma e saúde: reflexões a partir da prostituição, do aborto e do HIV/aids entre mulheres
Gender, stigma and health: reflections on prostitution, abortion and HIV/AIDS among women
Registro en:
VILLELA, Wilza Vieira; MONTEIRO, Simone. Gênero, estigma e saúde: reflexões a partir da prostituição, do aborto e do HIV/aids entre mulheres. Epidemiol. Serv. Saúde, v.24, n.3, p.531-540, jul-set 2015.
1679-4974
10.5123/S1679-49742015000300019
2237-9622
Autor
Villela, Wilza Vieira
Monteiro, Simone
Resumen
Objetivo: discutir os aspectos do acesso à saúde decorrentes dos estereótipos de gênero e de estigmas específicos, entre
prostitutas, mulheres que abortam e mulheres vivendo com o vírus da imunodeficiência humana (HIV) no contexto brasileiro.
Métodos: trata-se de revisão narrativa da literatura, referente a pesquisas recentes realizadas no Brasil. Resultados: as barreiras
no acesso à saúde de mulheres que se prostituem, abortam ou estão infectadas pelo HIV decorrem das conexões entre agravos
à saúde, estereótipos de gênero, estigma da aids e desigualdades sociais, e aumentam a vulnerabilidade social dessas mulheres.
Conclusão: ações no âmbito da gestão, na esfera legislativa e em outros setores que interferem na saúde, ao lado de práticas
cotidianas dos serviços de saúde, podem contribuir para ampliar esse acesso mediante intervenções centradas no reconhecimento
da autonomia das mulheres e na garantia de seus direitos sexuais e reprodutivos. Objective: to discuss access to health as affected by aspects arising from gender stereotypes and gender-specific
stigmas among women prostitutes, women who have abortions and women with HIV in Brazil. Methods: a narrative
literature review of recent Brazilian studies. Results: barriers to access to health services by prostitutes, women having
abortions and women living with HIV are a consequence of the connections between health problems, gender stereotypes,
AIDS-related stigma and social inequalities and increase these women’s social vulnerability. Conclusion: actions in the
health management, in legislative spheres and other sectors that affect health, together with daily health service practices,
may contribute to expanding access through interventions focused on recognition of women’s autonomy and guarantee
of their sexual and reproductive rights.