Article
Reestruturação da gestão das vigilâncias em saúde em Alagoas: a precarização da formação e do trabalho
Restructuring health surveillance management in Alagoas, Brazil: pracarization of training and labor;
Reestructuración de la gestión de las vigilancias en la salud en Alagoas, Brasil: la precarización de la formación y del trabajo
Registro en:
MENDES, T. K. de A.; OLIVEIRA, S. P. de; DELAMARQUE, E. V.; DE SETA, M. H. Reestruturação da gestão das vigilâncias em saúde em Alagoas: a precarização da formação e do trabalho. Trabalho, Educação e Saúde, Rio de Janeiro, v. 14 n. 2, p. 421-443, maio/ago. 2016.
1678-1007
10.1590/1981-7746-sip00109
1981-7746
Autor
Mendes, Tânia Kátia de Araújo
Oliveira, Sérgio Pacheco de
Delamarque, Elizabete Vianna
Seta, Marismary Horsth de
Resumen
A descentralização das vigilâncias sanitária, epidemiológica e ambiental para os municípios tomou impulso com mudanças organizacionais e no financiamento federal, quando cresceu a ideia de integração entre elas, e delas com a atenção individual e coletiva. Nos organogramas de muitas secretarias de Saúde, reuniram-se as vigilâncias sob uma coordenação comum, e os gestores demandaram a formação de novos profissionais para esse arranjo. Este artigo objetiva delinear os perfis dos profissionais de nível médio das vigilâncias de seis municípios do estado de Alagoas e dos serviços em que eles operam, agregando percepções dos gestores sobre a prática desses trabalhadores, que representam 88% da força de trabalho das vigilâncias nesses municípios. Sem formação específica para realizar suas atividades, o desempenho dos trabalhadores foi avaliado como pior quanto menor o tempo de exercício do gestor no cargo. As dificuldades destacadas foram: ingerência política no trabalho da vigilância sanitária e ambiental; preenchimento deficiente das fichas de investigação epidemiológica pelas equipes de saúde da família nos seis municípios; papel indefinido desse profissional na vigilância em saúde do trabalhador. A necessária formação técnica é insuficiente para superação dessas dificuldades, requerendo-se a revisão de processos de gestão e coordenação do trabalho das equipes para práticas mais efetivas. The decentralization of health, epidemiological, and environmental surveillance at municipalities was driven by organizational changes and changes made to federal funding, and the idea of not only integrating them, but also blending them with individual and collective care, gained momentum. Many health departments' organization charts brought the different surveillances together under a common coordination, and managers demanded new professionals be trained to meet the needs of this arrangement. This article aims to outline the profile of the middle-level professionals at the surveillances at six municipalities in the state of Alagoas, Brazil, and services they provide, adding the views of the managers about the practices of these workers, who account for 88 percent of the surveillance workforces in these municipalities. With no specific training to carry their activities out, it was noted that the less time the manager had been holding his or her position, the poorer the employees performed. The main difficulties highlighted were political interference in the health and environmental monitoring work; poor filling in of the epidemiological investigation forms by the family health teams in the six municipalities, in addition to these professionals' undefined roles in worker health surveillance. The required technical training is insufficient to overcome these difficulties, a fact that demands a revision of the teams' labor management and coordination processes to ensure more effective practices. La descentralización de la vigilancia sanitaria, epidemiológica y ambiental a los municipios tomó impulso con cambios organizacionales y financiamiento federal, cuando creció la idea de integración entre ellos, y desde ellos con la atención individual y colectiva. En los organigramas de muchos Departamentos de Salud, las vigilancias estaban agrupadas bajo una coordinación común, y los gestores exigían la formación de nuevos profesionales para ese arreglo. Este artículo tiene como objetivo delinear los perfiles de los profesionales de vigilancia de nivel medio en seis municipios del estado de Alagoas y los servicios en los que actúan, agregando las percepciones de los gerentes sobre la práctica de estos trabajadores, que representan el 88% de la fuerza de trabajo de vigilancia en estos. municipios. . Sin formación específica para el desempeño de sus actividades, el desempeño de los trabajadores fue evaluado como peor cuanto menor era la permanencia del gerente en el cargo. Las dificultades destacadas fueron: injerencia política en las labores de vigilancia sanitaria y ambiental; falta de cumplimentación de los formularios de investigación epidemiológica por parte de los equipos de salud de la familia en los seis municipios; papel indefinido de este profesional en la vigilancia de la salud del trabajador. La formación técnica necesaria es insuficiente para superar estas dificultades, requiriendo una revisión de los procesos de gestión y coordinación del trabajo en equipo para prácticas más eficaces.
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