A Bacia de Campos, no Estado do Rio de Janeiro, é a principal área produtora de petróleo no cenário nacional. A exploração deste território exige uma vultosa infra-estrutura de operações e instalações tanto no mar corno em terra. No mar, a Bacia de Campos pode ser comparada a uma cidade, com uma população de 50 mil trabalhadores embarcados, que se revezam a cada 14 dias. Para atender as necessidades desses trabalhadores, como alimentação, higiene; saúde. repouso e lazer, as plataformas requerem em suas instalações: camarotes, salas de banho, sanitários. refeitórios, áreas de lazer, e serviços médicos e de hotelaria. As plataformas são classificadas, conforme a Resolução da Anvisa — RDC. 21712001, como embarcações, e que estão sujeitas a inspeção sanitária. Mas essas embarcações em operação na Bacia de Campos/RJ, sob a responsabilidade da Coordenação de Vigilância Sanitária de Portos e Aeroportos do Rio de Janeiro (CVPAF-RJ), nunca sofreram nenhum tipo de controle sanitário. A necessidade da CVPAF-RJ de controlar as ações de vigilância sanitária nessa área motivou a elaboração de um plano de intervenção para implementar as ações de controle sanitário nas embarcações tipo plataforma. Mas o que impulsionou a aplicação desse plano para o ano de 2009 foram os casos suspeitos de surtos de doenças transmitidas por alimentos ocorridos a bordo das plataformas que operam na Bacia de Campos/RJ, no período de 2005 a 2008, acometendo trabalhadores nelas embarcados, que apresentaram sintomatologia clínica exigindo atendimento médico. O plano visa garantir à qualidade de saúde do viajante (trabalhador), das condições higiênico-sanitárias das instalações físicas da plataforma e da prestação de serviços de interesse a saúde pública.