TCC
Vinculação das metas institucionais ao controle social na rede pública: o plano de investimentos do Grupo Hospitalar Conceição
Registro en:
LOPES, Cecilia de Lima. Vinculação das metas institucionais ao controle social na rede pública: o plano de investimentos do Grupo Hospitalar Conceição. 2010. 35 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Especialização em Informação Científica e Tecnológica em Saúde) - Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde, Fundação Oswaldo Cruz; Grupo Hospitalar Conceição, Porto Alegre, RS, 2010.
Autor
Lopes, Cecilia de Lima
Resumen
A idéia de descentralização da gestão em saúde pública no Brasil surge a partir
da VIII Conferência Nacional de Saúde, que incluiu a participação da sociedade civil e
o controle pelos usuários na Constituição Federal de 1988. O surgimento de um modelo
universal de assistência à saúde, que pressupõe a inclusão representativa da população e
de trabalhadores de saúde no processo decisório e no controle dos serviços, resulta em
transformações no GHC, um grupo hospitalar ligado ao MS, com atendimento 100%
pelo SUS. O processo de democratização da gestão na instituição tem início em 2003,
quando foram criados ou reformulados seus mecanismos de controle social , entre eles o
Plano de Investimentos (PI), uma ferramenta de planejamento participativo do
orçamento de investimento do GHC. A partir do ano de 2007, foi criada uma Agenda
Estratégica, que estabelece as metas a serem atingidas pela instituição anualmente, em
cada uma das unidades do grupo. Neste sentido, este trabalho tem como objetivo geral
investigar a vinculação entre a aquisição de equipamentos e materiais, pelo Plano de
Investimentos, às metas institucionais estabelecidas por esta agenda, a partir da visão
dos atores envolvidos, considerando seu conhecimento acerca destas metas e as
prováveis dificuldades e/ou conflitos resultantes desta tentativa de vinculação, bem
como o contexto de democratização da gestão no qual se insere. Assim, ao investigar o
conhecimento dos indivíduos acerca destes processos, estaremos também refletindo
sobre seu estágio de consciência sócio-moral e, por conseguinte, sobre a forma como
eles enxergam o processo do qual participam, a empresa onde trabalham e os usuários
deste sistema. O exercício da cidadania, através da gestão participativa, é um processo
que se desenvolve e transforma aqueles que dele participam, em diferentes níveis de
consciência moral, refletindo diretamente em suas escolhas. Neste sentido, trata-se de
trazer à tona, não apenas as escolhas que os sujeitos fazem em relação ao orçamento da
instituição, mas, essencialmente, o significado destas escolhas.