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Percepções de gestores, profissionais e usuários acerca do Registro Eletrônico de Saúde e de aspectos facilitadores e barreiras para a sua implementação
Registro en:
COSTA, José Felipe Riani; PORTELA, Margareth Crisóstomo. Percepções de gestores, profissionais e usuários acerca do Registro Eletrônico de Saúde e de aspectos facilitadores e barreiras para a sua implementação. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Costa, José Felipe Riani
Portela, Margareth Crisóstomo
Resumen
A concepção e a implementação de tecnologias complexas como Registro Eletrônico de Saúde (RES) envolvem tanto aspectos técnicos quanto questões pessoais, sociais e organizacionais. Potenciais utilizadores dos RES (gestores, profissionais e usuários do sistema de saúde) possuem um valioso conhecimento que pode incidir diretamente no sucesso ou insucesso da implementação. O estudo buscou propiciar uma visão abrangente das percepções de gestores, profissionais e usuários do sistema de saúde acerca de suas experiências com RES de uso local e suas opiniões acerca da perspectiva de implementação de um RES Nacional pelo Ministério da Saúde. Trata-se de um estudo qualitativo que envolveu a realização de 28 entrevistas semiestruturadas (dez gestores, cinco profissionais de saúde, cinco profissionais de informática em saúde, três profissionais de direito e ética, e cinco usuários do sistema de saúde). As Categorias de análise foram definidas originalmente com base no Consolidated Framework for Implementation Research (CFIR) e refinadas no decorrer do processo de codificação das entrevistas para o melhor ajuste a dados captados. A codificação e a respectiva indexação dos transcritos foram efetuadas por meio da análise de conteúdo temática, com a utilização de software específico. Os resultados obtidos explicitaram, além da diversidade de fatores que podem influenciar a implementação de RES, a existência de confluências e de aspectos que tendem a ser valorizados de modo distinto, conforme os diferentes pontos de vista. Dentre os aspectos chave destacados nas percepções dos entrevistados, vale enfatizar as discussões acerca de atributos e do impacto do RES no cuidado de saúde, especialmente no caso dos RES de uso local; as preocupações com os custos e com o sigilo e privacidade, relativos aos RES em geral; e as possíveis implicações decorrentes da opção pela centralização ou descentralização do armazenamento das informações, no caso do RES nacional. Nota-se a oposição entre profissionais de saúde, que enfatizam a necessidade de que os RES sejam de fácil uso e de utilidade prática, e de gestores, que entendem que parte das reclamações de profissionais decorreria de dificuldades com informática ou da preocupação com perda da autonomia. Assim, merece destaque a necessidade de uma comunicação mais efetiva e que as diferentes perspectivas sejam consideradas na formulação e na implementação de RES.