Thesis
Caracterização da transmissão da Leishmaniose Tegumentar Americana no município de Ilhéus, Zona da Mata do Estado da Bahia
Characterization of transmission of American cutaneous leishmaniasis in Ilhéus, Zona da Mata of the State of Bahia
Registro en:
Carvalho, Sílvia Maria santos. Caracterização da transmissão da Leishmaniose Tegumentar Americana no município de Ilhéus, Zona da Mata do Estado da Bahia. 2010. 100 f. Tese (Saúde pública) - Centro de Pesquisas Aggeu Magalhães, Recife, 2010.
Autor
Carvalho, Sílvia Maria santos
Resumen
A Leishmaniose Tegumentar Americana é endêmica em todos os estados do Brasil. De acordo com os registros da Secretaria de Saúde municipal, Ilhéus, localizado no sul da Bahia, é endêmico para a doença. Esse estudo objetivou caracterizar a transmissão da enfermidade nesse município. Foi realizado um estudo retrospectivo entre os anos 2000 e 2006, proporcionando a realização de busca ativa de casos humanos em áreas rural e urbana (Santo Antonio e Teotônio Vilela), com um inquérito populacional em 147 e 77 indivíduos, respectivamente. Foram capturados e identificados 6.439 flebotomíneos com armadilhas CDC, mil deles separados em pools de 20 insetos e submetidos à Reação em Cadeia da Polimerase. Ademais, 1.528 fêmeas capturadas com armadilhas de Castro foram dissecadas. Foram atendidos 131 pacientes suspeitos da doença no Centro de Atenção Especializada III, entre Agosto/2007 e Setembro/2009, e avaliados clínica, epidemiológica, parasitológica, molecular e imunologicamente. Dos residentes na área urbana 79,4 por cento visitaram, ao menos uma vez, a área rural. Foram identificadas 18 espécies de flebótomos, predominando Lutzomyia whitmani (52,49 por cento) e L. fischeri (29,98 por cento) na área rural, e L. cortelezzii (05 exemplares) na urbana. Não houve infecção natural à dissecção; e nenhum pool foi positivo à PCR. Mas, dos 84 hamsters inoculados com material humano, 03 amostras de esfregaços hepáticos apresentaram amastigotas; e 02 foram detectáveis por PCR para o subgênero Viannia. Não houve evidência de transmissão urbana, sugerindo uma origem rural dos casos, onde L. whitmani e L. fischeri possivelmente são vetores, tendo L. (V) braziliensis como agente etiológico nesse ciclo de transmissão. Recomenda-se intensificação na vigilância quanto à notificação de casos e atenção às características epidemiológicas locais