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Atividades estratégicas em comunidades quilombolas no Estado de Pernambuco: percepções e reflexões sob o olhar da odontologia
Registro en:
PEDROSA, Ana Elizabete Jacob et al. Atividades estratégicas em comunidades quilombolas no Estado de Pernambuco: percepções e reflexões sob o olhar da odontologia. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Pedrosa, Ana Elizabete Jacob
Albuquerque, Paulette Cavalcanti de
Lima, Roberta Gomes Menezes de
Santana, Vanessa Gabrielle Diniz de
Resumen
Primeiro semestre de 2014, por uma equipe multiprofissional de Residentes. Aplicação do aprendizado construído no Programa de Residência Multiprofissional em Saúde da Família, em três comunidades não urbanas. Vivenciar o cotidiano de famílias quilombolas do interior de Pernambuco, suas práticas em saúde, identificar o acesso à assistência odontológica, como lidam com sua saúde bucal e geral e desenvolver atividades de promoção da saúde bucal integradas à equipe multiprofissional. Trabalho multiprofissional e interdisciplinar de estímulo à construção do conhecimento em saúde. Valorização dos constructos da educação em saúde e usos de metodologia ativas. Foco em autocuidado e autonomia das pessoas. Desenvolvido em três comunidades quilombolas em Pernambuco. Principais recursos tecnológicos: projetor de slides, amplificador de voz, cartazes, violão, macromodelos dentais.Uso de equipamentos sociais: escola, creche, USF. Formação de grupos de discussão por ciclos de vida. Problemas de saúde identificados: diabetes, hipertensão, cárie dentária, edentulismo, etilismo, DST. Pouco conhecimento sobre saúde bucal. Precária cobertura odontológica e Dentista associado a procedimentos mutiladores. Temas abordados nos grupos: uso da água potável, saúde da mulher, saúde do adolescente, saúde da criança, alimentação saudável, hipertensão, diabetes, uso racional de medicamentos, alimentação saudável, câncer bucal, tradições quilombolas,hábitos de higiene corporal e bucal. A experiência nestas comunidades foi capaz de ampliar a visão dos Residentes sobre a reorientação do cuidado e a necessidade de práticas coletivas, interdisciplinares, multiprofissionais e intersetoriais. Há necessidade, no processo de formação profissional, do contato mais aproximado com as diversas realidades e desigualdades que se avolumam no Brasil. Implantação de políticas sociais específicas que sejam capazes de melhorar as condições bucais e gerais de vida da população quilombola estudada. Deve-se estimular o estudo das condições bucais desta população. Aumentar o acesso e a utilização dos serviços de saúde, adaptando a dinâmica de trabalho dos programas de saúde para a realidade da zona rural quilombola. Melhorar a infraestrutura para a realização das atividades em saúde. Investir na capacitação dos profissionais que já atuam neste processo, sobre a cultura, modo de vida e os problemas de saúde mais prevalentes neste grupo.