Neisseria meningitidis (Nm) é uma bactéria diplococo Gram negativo e pode ser encontrado na nasofaringe dos seres humanos podendo causar a doença meningocócica (DM). Pode ser classificada em 12 sorogrupos, mas os tipos A, B, C, X, Y e W135 são responsáveis por mais de 90% dos casos no mundo. Os sintomas da DM mais comuns variam de febre alta, rigidez de nuca, vômito em jato e petéquias, podendo se apresentar de duas formas: septicemia e meningite. A septicemia (ou meningococcemia) é uma infecção generalizada grave, podendo levar ao choque séptico e comprometimento renal, já a meningite é uma infecção e inflamação das meninges que recobrem o encéfalo, medula espinhal e outras partes do sistema nervoso central. O tratamento é realizado por antibioticoterapia com antimicrobianos como Beta-lactâmicos e Quinolonas. Embora a Nm permaneça suscetível aos antimicrobianos utilizados no tratamento da DM, a emergência de amostras resistentes ou com suscetibilidade diminuída à penicilina, ampicilina, cloranfenicol, ciprofloxacina, azitromicina e rifampicina tem sido descrita nos últimos anos. O objetivo deste estudo, é pesquisar a ocorrência de cepas de meningococos resistentes, isoladas de portadores assintomáticos de Nm na faixa etária de 15 a 35 anos no Rio de Janeiro. Essas linhagens estão preservadas na coleção de pesquisa do INCQS/FIOCRUZ. A susceptibilidade será determinada pelo método de disco-difusão para todos os antibióticos, as cepas que apresentarem susceptibilidade diminuída para esses antibióticos, serão submetidas ao método de Concentração Inibitória Mínima (CIM) por fitas com gradiente de concentração para determinação quantitativa da resistência aos antibióticos específicos. As cepas que confirmarem resistência pelo CIM serão submetidas à análise molecular dos genes envolvidos nos mecanismos de resistência.