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Rede de atenção à saúde para doenças reumatológicas no Estado de Pernambuco
Registro en:
MARTELLI, Petrônio José de Lima et al. Rede de atenção à saúde para doenças reumatológicas no Estado de Pernambuco. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Martelli, Petrônio José de Lima
Lorena, Suélem Barros de
Sobrinho, José Eudes de Lorena
Carvalho, Eduardo Maia Freese de
Resumen
Redes de atenção à saúde (RAS) são organizações poliárquicas de serviços coordenados pela atenção básica, que têm como objetivo prestar assistência integral e contínua aos usuários, a partir de suas necessidades pautadas em redes temáticas. Considerando que é crescente a prevalência de doenças reumatológicas na rotina clínica, torna-se interessante avaliar a RAS para esses pacientes em Pernambuco. Analisar a estrutura e operacionalização da RAS para doenças reumatológicas no estado de Pernambuco. Estudo transversal quali-quantitativo, desenvolvido em Pernambuco em 2017. Realizaram-se entrevistas semiestruturadas com gestores regionais e coordenadores da atenção básica e central de regulação dos municípios-sede das macrorregiões de saúde (Recife, Caruaru, Petrolina e Serra Talhada) e informantes-chave da secretaria estadual de saúde: coordenadores das secretarias executivas de vigilância, atenção à saúde e regulação, totalizando quinze sujeitos. Analisou-se: Plano Diretor de Regionalização (2011), Plano Estadual de Saúde (2016-2019) e Portarias nº 4279/2010, nº 483/2014 e nº 1.631/2015. Foram consultados: Sistemas de Informações Ambulatoriais e Hospitalares do Ministério da Saúde. A atenção é médico-centrada com cluster de especialistas na região metropolitana do Recife, observando-se lacunas assistenciais nas demais regiões. Falhas de comunicação entre os níveis de atenção, dificuldades na atuação do setor primário como coordenador da assistência e sistema de regulação voltado exclusivamente para demanda de agendamentos foram as fragilidades relatadas. A assistência farmacêutica garantida e descentralizada foi a principal potencialidade. Observou-se ausência de indicadores para conhecimento da população acometida e de políticas públicas que visem o controle das doenças reumatológicas, enquadrando-as como significativas no grupo de doenças crônicas não transmissíveis. Pernambuco não apresenta RAS operacionalmente voltada para doenças reumatológicas, mas dispõe de componentes estruturais para seu funcionamento. Há necessidade de construção de linha de cuidado na área, que priorize a atenção à saúde integral e interdisciplinar nos três níveis de assistência. Análise aprofundada de cada componente pode esclarecer potencialidades e fragilidades e nortear implantação de políticas públicas.