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Transformação de espaço invisível para espaço público de promoção da saúde: estudos sobre salas de espera
Registro en:
REIS, Inês Nascimento de Carvalho et al. Transformação de espaço invisível para espaço público de promoção da saúde: estudos sobre salas de espera. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Reis, Inês Nascimento de Carvalho
Santos, Natanael dos
Lima, Idenalva Silva de
Silva, Lauriana Cristina Almeida da
Reis, Gilberto de Oliveira
Sá, Renata
Resumen
Transitam milhares de pessoas nos serviços públicos e privados. Há horas de aguardo por um atendimento e, muitas vezes, ocupadas com programas televisivos ou iniciativas para amenizar a espera. Por outro lado, estudos mostram que as salas de espera refletem o modelo assistencial e podem ser espaços educativos se forem transformados em espaços públicos e saírem da “invisibilidade” institucional. Apresentar resultados de pesquisas sobre a expressão e transformação de serviços através de salas de espera na Saúde Pública. O presente trabalho apresentará a síntese de três pesquisas sobre sala de espera (SE): - revisão sistemática em que três pesquisadores identificaram e analisaram os 33 periódicos sobre atividades educativas em sala de espera, disponíveis online gratuitos na língua portuguesa até 2015, na Biblioteca Virtual em Saúde; - realização e análise de 91 entrevistas realizadas com gestores, profissionais de saúde e usuários de todos os 17 Centros de Saúde Escola (CSE) existentes no Brasil em 2010; - observação participante de profissionais de saúde e estudantes através de diários de campo, fotografias, filmes e questionários com usuários na sala de espera de um estudo de caso em CSE, desde 2000. Os 33 artigos mostram o compartilhamento entre profissionais e usuários na SE. 15% citaram que atividades amenizam a ansiedade da espera. 67% apresentaram técnicas de incentivo ao diálogo (teatro, música, filmes, degustação, etc). As entrevistas relacionadas aos CSE mostraram a correlação entre promoção da saúde, adoecimento e habilidades pessoais. As atividades educativas foram definidas como transmissão do conhecimento através de palestras, inclusive em SE. O estudo de caso de CSE mostrou que a SE expõe como a instituição acolhe o usuário e as relações de poder. Metodologias participativas valorizam troca de conhecimentos e aproximam usuário e profissional (oficinas de arte). A pesquisa com os CSE demonstra a necessidade de entendimento sobre metodologias participativas preconizadas em políticas públicas. Isto é fundamental para a coerência nas práticas profissionais que contribuam para a promoção da saúde. As salas de espera denunciam as relações de poder. As SE podem ser transformadas em espaços públicos, se não forem invisíveis a instituição e forem aproveitadas como espaço interativo e de diálogo.