O artigo visa conferir o interesse dos graduandos em relações internacionais pela temática de saúde global, tomando como estudo de caso a experiência da conferência anual do Americas Model United Nations (AMUN). Para tanto, inicialmente, é analisada a inserção da agenda de saúde global na disciplina das relações internacionais. Num segundo momento, analisa-se a historia sobre os cursos de graduação em relações internacionais e a contextualização do desenvolvimento dessa disciplina no Brasil, visando compreender a composição dos atuais currículos de graduação e verificando nesses a ocorrência da temática da saúde global. Posteriormente, o artigo traz a revisão da literatura produzida para a conferência da AMUN, com a qual se conferiu a adoção de temas que abordaram assuntos da agenda de saúde global nas últimas quatorze edições do evento. Ademais, o artigo apresenta os resultados da consulta de opinião realizada durante o 15º AMUN. Como resultado, verifica-se que apesar da crescente importância da saúde global na última década e do engajamento da diplomacia brasileira nos foros internacionais, essa temática ainda parece ocupar um lugar de pouca relevância nas agendas de discussão entre os graduandos em relações internacionais.