Article
Primeira injeção de drogas e hepatite C: achados preliminares
The First Drug Injection and Hepatitis C: Preliminary Findings
Registro en:
OLIVEIRA, Maria Lourdes Aguiar et al. Primeira injeção de drogas e hepatite C: achados preliminares. Epidemiologia e Serviços de Saúde, Brasília, v. 14, n. 4, p. 235-237, 2005.
1679-4974
Autor
Oliveira, Maria de Lourdes Aguiar
Bastos, Francisco Inácio Pinkusfeld Monteiro
Dias, Paulo Roberto Telles Pires
Oliveira, Sabrina Alberti Nóbrega de
Miguel, Juliana Custódio
Vilas-Boas Hacker, Mariana de Andrea
Yoshida, Clara Fumiko Tachibana
Resumen
Maria de Lourdes Aguiar Oliveira
Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais, Departamento de Virologia, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Instituto Oswaldo Cruz
Francisco Inácio Bastos
Departamento de Informação em Saúde, Centro de
Informação Científica e Tecnológica, Fundação Instituto Oswaldo Cruz Paulo Roberto Telles
Núcleo de Estudos e Pesquisas em Atenção ao Uso de Drogas, Universidade Estadual do Rio de Janeiro
Sabrina Alberti Nóbrega de Oliveira Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais,
Departamento de Virologia, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Instituto Oswaldo Cruz Juliana Custódio Miguel Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais, Departamento de Virologia, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Oswaldo Cruz Mariana Hacker Departamento de Informação em Saúde, Centro de Informação Científica e Tecnológica, Fundação Instituto Oswaldo Cruz Clara Fumiko Tachibana Yoshida Laboratório de Referência Nacional para Hepatites Virais Departamento de Virologia, Instituto Oswaldo Cruz, Fundação Instituto Oswaldo Cruz Investigou-se o contexto da primeira injeção de drogas e sua possível associação com a infecção pelo vírus da hepatite C (HCV). Usuários de drogas injetáveis (UDI) – N=606 – foram recrutados em “cenas de uso” no Rio de Janeiro, Brasil. Os voluntários foram entrevistados e testados para a presença de anti-HCV. A utilização anterior, não injetável, da mesma droga injetada (basicamente cocaína) foi relatada por 92,0% dos UDI (último mês), administrada semanal/diariamente (86,2%). O
primeiro injetador foi um amigo próximo (51,7%), utilizando uma seringa/agulha usada (51,5%), e as drogas foram obtidas
como “presente” em 40,0% dos casos. Cerca de 68,0% dos UDI introduziram novos usuários: 88,1% iniciaram um a cinco outros indivíduos. A prevalência de anti-HCV foi menor entre injetadores que iniciaram o uso de drogas após 1980. Visando controlar a infecção pelo HCV nessa população, as estratégias voltadas à prevenção/redução de danos deveriam considerar distintos cenários e gerações de usuários, desde a primeira injeção. O estudo contou com o apoio do antigo Centro Nacional de Epidemiologia (Cenepi) da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) – atual Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério da Saúde –, e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) do Ministério da Ciência e Tecnologia.