Dissertation
Avaliação da exposição ambiental ao manganês na população residenteno entorno de um estaleiro no município de Angra dos Reis, RJ
Assessment of environmental exposure to manganese in the resident population in the vicinity of a site in the municipality of Angra dos Reis, RJ
Registro en:
RAMOS, Thalita Dallapícula. Avaliação da exposição ambiental ao manganês na população residente no entorno de um estaleiro no município de Angra dos Reis, RJ. 2013. 90 f. Dissertação (Mestrado em Saúde Pública) - Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca, Fundação Oswaldo Cruz, Rio de Janeiro, 2013.
Autor
Ramos, Thalita Dallapícula
Resumen
O manganês é um componente essencial no processo de soldagem, por
conferir dureza e resistência, assim como na produção do aço, onde é usado
como agente dessulfurante e redutor. Apesar de ser um elemento essencial ao
homem, atuando na formação dos ossos e tecidos, função reprodutiva e
metabolismo de carboidratos e lipídios, a exposição crônica ao Mn afeta,
principalmente, o sistema nervoso central. Uma vez que solda e aço são
essenciais para a construção e reparo de navios, essa indústria torna-se uma
importante fonte de exposição ao referido metal. O objetivo deste trabalho foi
avaliar a exposição ao manganês na população residente no entorno de um
estaleiro em Angra dos Reis-RJ, que foi comparada a um grupo de moradores
do município da Serra-ES. A coleta de dados foi realizada através da aplicação
de um questionário padronizado fundamentado para o conhecimento das
variáveis sócio-econômicas e fatores de risco para a exposição ao metal,
resultando em universo amostral de 98 sujeitos e amostras de ar do local
exposto. A técnica analítica utilizada para a determinação do manganês nos
fluidos biológicos e nos filtros de ar foi a espectrometria de absorção atômica
eletrotérmica. A concentração média de manganês no sangue foi de 9,89 ±
3,95 nos expostos e de 7,61 ± 3,22 g Mn L-1 no grupo controle. Estes valores
mostraram-se diferentes estatisticamente de acordo com o teste de MannWhitney (p= 0,000). O grupo exposto, subdividido em ocupacional e ambiental,
apresentou médias de 10,12 ± 3,98 e 9,69 ± 3,98 g Mn L-1, respectivamente.
Estes valores não foram significativamente diferentes (U= 294,5; p = 0,755). Na
urina, a concentração de manganês teve média de 0,51± 0,79 nos expostos e
de 0,69 ± 0,64 g Mn L-1 no grupo controle. Os níveis de Mn nas amostras de
urina dos dois grupos não se mostraram estatisticamente diferentes (U=780,09;
p = 0,059; IC 95%) assim como a concentração de Mn-U e Mn-S e as variáveis
sexo, idade e escolaridade. Os resultados das correlações de Spearman
indicaram não haver, estatisticamente, uma correlação entre os níveis de Mn-S
e Mn-U (rS= -0,113, p=0,295), assim como entre os níveis de Mn-S e o tempo
de exposição, ambiental e ocupacional, ao metal (rS= 0,074/ p= 0,608 e rS=
0,229/ p=293, respectivamente). Manganese is an essential component in the welding process, to confer
hardness and strength, as well as in steel production, which is used as reducing
agent and sulfur reducing. Despite being an essential element to man, acting in
bones and tissues formation, reproductive function and metabolism of
carbohydrates and lipids, chronic exposure to Mn affects, primarily, the central
nervous system. Once welding and steel are essential for the construction and
repair of vessels, these industries becomes a major source of exposure to said
metal. The objective of this study was to evaluate the manganese exposure in a
population residing in around a shipyard in Angra dos Reis, Rio de Janeiro,
which was compared to a group of residents in the municipality of Serra-ES.
Data collection was performed by applying a standardized questionnaire based
on knowledge of the socio-economic variables and risk factors for exposure to
the metal, resulting in a sample size of 98 subjects universe and air samples
from exposed site. The analytical technique used for determination of
manganese in biological fluids and air filters was electrothermal atomic
absorption spectrometry. The average concentration of manganese in blood
was 9.89 ± 3.95 in exposed and 7.61 ± 3.22 mg Mn L-1 in the control group.
These values were statistically different according to the Mann-Whitney test (p =
0.000). The exposed group was divided into occupational and environmental
exposure and showed an average of 10.12 ± 3.98 and 9.69 ± 3.98 mg Mn L-1,
respectively. These values were not significantly different (U = 294.5, p =
0.755). In urine, the concentration of manganese averaged 0.51 ± 0.79 in
exposed and 0.69 ± 0.64 mg Mn L-1 in the control group. Mn levels in urine
samples from both groups were not statistically different (U = 780.09, p = 0.059,
95%) as well as the concentration of Mn-S and Mn-U and the variables sex, age
and schooling. The Spearman's correlation results indicate no correlation
between levels of Mn-S and Mn-U (rs = -0.113, p = 0.295) as well as between
levels of Mn-S and time exposure, both environmental and occupational (rS =
0.074 / p = 0.608 and rS = 0.229 / p = 293, respectively).
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