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Perfil das intoxicações em adolescentes no Brasil no período de 1999 a 2001
Profile of poisonings among Brazilian adolescents from 1999 to 2001
Registro en:
BOCHNER, Rosany. Perfil das intoxicações em adolescentes no Brasil no período de 1999 a 2001. Cadernos de Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 22, n. 3, p. 587-595, mar. 2006.
0102-311X
Autor
Bochner, Rosany
Resumen
Este trabalho analisa o perfil das intoxicações em adolescentes valendo-se da base de dados do Sistema Nacional de Informações Tóxico-Farmacológicas
(SINITOX), composta de casos e óbitos de intoxicação humana registrados pelos Centros de Informação e Assistência Toxicológica, para o período de 1999 a 2001.
Com relação aos casos, animais peçonhentos (33,7%) e medicamentos (25,7%) constituem os principais agentes tóxicos para os pré-adolescentes de 10 a 14 anos,
enquanto para os adolescentes de 15 a 19 anos temos uma inversão das posições, com os medicamentos (33%), sendo seguidos pelos animais peçonhentos (21,4%). Dos 35 óbitos de pré-adolescentes registrados, 54,3% foram resultado de acidente, 54,3% acometeram
jovens do sexo masculino e 31,4% foram causados por animais peçonhentos. Dos 98 óbitos de adolescentes, 72,4% foram resultado de suicídio, sendo 54,1% praticados
por jovens do sexo feminino e 38,8% foram causados por agrotóxicos de uso agrícola. This paper analyzes the profile of poisonings
among adolescents as reported by the Brazilian
National Poisoning Information System
(SINITOX) database. This database covers cases
and deaths secondary to human poisoning
recorded by Poison Control Centers (1999-2001).
With relation to cases, venomous animals (33.7%)
and medicines (25.7%) are the main toxic agents
in pre-adolescents (10-14 years). For adolescents
(15-19 years), medicines ranked first (33.0%),
followed by bites/stings from venomous animals
(21.4%). There were 35 deaths among pre-adolescents,
54.3% resulting from accidental poisoning,
54.3% in males, and 31.4% caused by
venomous animals. Ninety-eight deaths were
reported among adolescents, 72.4% of which
were suicides, 54.1% in females, and 38.8% resulting
from pesticide poisoning.