De 2011 a 2017, no âmbito do Curso Técnico de Nível Médio em Gerência em Saúde (EPSJV-Fiocruz). Júri Simulado das OSS para problematizar o processo de contrarreforma sanitária brasileira e desenvolver capacidade de argumentação e senso crítico. Propiciar aos educandos do 3º Ano, uma experiência pedagógica que possa contribuir em sua formação politécnica de nível médio em gerência em saúde, a partir da identificação e análise dos determinantes e condicionantes do modelo gerencial das OSS, bem como sua estrutura e mecanismos gerenciais. Com base na reflexão crítica acerca da Reforma Sanitária brasileira e Contrarreforma Sanitária (BRAVO, 2008), da Reforma do Estado (maior ênfase no Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado) e controle social é organizado um júri simulado das OSS, enquanto culminância do componente curricular – “Tecnologias de Gestão em Saúde”. Enfatiza-se que a terceirização / privatização dos serviços de saúde tem significado uma progressiva ruptura nos princípios integralidade e universalidade do SUS. Além do estímulo à defesa intransigente do SUS público-estatal, os educandos compreendem que participação é conquista (DEMO, 1998). Percebe-se maior comprometimento com o resgate das bandeiras de luta da Reforma Sanitária que conformaram o arcabouço jurídico-político do SUS. Com base na perspectiva teórica de Gaulejac (2007) é feito um contraponto à formação gerencialista, muito presente no campo da saúde, contribuindo-se para uma perspectiva vinculada à politecnia e saúde coletiva. Há desafios relativos à pequena carga horária do componente curricular, os quais impactam na preparação e realização do júri simulado. E mesmo envolvendo conteúdos de componentes curriculares da Habilitação Técnica e Formação Geral, tais como Gestão do Cuidado em Saúde, Eixo Política, Gestão de Materiais e Licitação em Saúde, Sociologia, Filosofia e História, ainda não foi possível fazer uma avaliação integrada / interdisciplinar. Esta avaliação possibilitaria maior compreensão da experiência. A experiência pedagógica sistematiza conhecimentos trabalhados como culminância de seu processo de ensino-aprendizagem na Saúde Coletiva. Os educandos a compreendem como avaliação processual mais satisfatória, conseguindo consolidar conhecimentos de toda sua formação, tendo reflexos significativos no estágio curricular. Recomenda-se a replicação desta experiência, sendo respeitadas as especificidades de cada realidade formativa.