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Prevalence of syphilis and HIV infection during pregnancy in incarcerated women and the incidence of congenital syphilis in births in prison in Brazil
Prevalência de sífilis e HIV em gestantes encarceradas e incidência de sífilis congênita em crianças nascidas em prisões brasileiras;
Prevalencia de sífilis y VIH en gestantes encarceladas e incidencia de sífilis congénita en niños nacidos en prisiones brasileñas
Registro en:
DOMINGUES, Rosa Maria Soares Madeira et al. Prevalence of syphilis and HIV infection during pregnancy in incarcerated women and the incidence of congenital syphilis in births in prison in Brazil. Cadernos de Saúde pública, v. 33, n. 11, p. 1-15, 2017.
0102-311X
10.1590/0102-311X00183616
1678-4464
10.1590/0102-311X00183616
Autor
Domingues, Rosa Maria Soares Madeira
Leal, Maria do Carmo
Pereira, Ana Paula Esteves
Ayres, Barbara
Sánchez, Alexandra Roma
Larouzé, Bernard
Resumen
O estudo teve como objetivos estimar a prevalência
de infecção de sífilis e HIV na gravidez,
transmissão vertical de sífilis e incidência de sífilis
congênita em filhos de mulheres encarceradas
no Brasil, comparar as taxas com aquelas observadas
em gestantes não encarceradas e verificar
os fatores maternos associados à sífilis gestacional
em mulheres encarceradas e não encarceradas.
Usamos os dados de dois inquéritos nacionais realizados
entre 2011 e 2014. O estudo Nascer no
Brasil incluiu 23.894 mulheres não encarceradas
atendidas em 266 hospitais. O estudo sobre Saúde
Materno-Infantil nas Prisões do Brasil incluiu
495 mulheres encarceradas, entre gestantes
e mães vivendo com seus filhos, de acordo com um
censo realizado em 33 presídios femininos. Os dois
estudos usaram a mesma definição de casos e os
mesmos métodos de coleta de dados. O teste do quiquadrado
foi utilizado para comparar as características
das mães encarceradas e não encarceradas,
com significância definida em p < 0,05. Nas
mulheres encarceradas, a prevalência estimada
de sífilis gestacional era 8,7% (IC95%: 5,7-13,1) e
para infecção pelo HIV era 3,3% (IC95%: 1,7-6,6);
a taxa de transmissão vertical da sífilis foi 66,7%
(IC95%: 44,7-83,2) e a incidência de sífilis congênita
foi 58,1 por 1.000 nascidos vivos (IC95%:
40,4-82,8). As mulheres encarceradas mostraram
uma prevalência mais alta de sífilis e de infecção
pelo HIV durante a gravidez, pior qualidade de atendimento
pré-natal e níveis mais elevados de vulnerabilidade
social, quando comparadas às mulheres
não encarceradas. A sífilis mostrou ser indicador
de vulnerabilidade social em mulheres não
encarceradas, mas não em mulheres encarceradas.
Os achados destacam a importância de iniciativas
nas prisões para reduzir as desigualdades na assistência
à saúde e de cuidados adequados durante
o período pré-natal e parto. This study aimed to estimate the prevalence of syphilis and HIV infection
during pregnancy, the mother to child transmission of syphilis and the incidence
of congenital syphilis in incarcerated women in Brazil; to compare these
rates to those observed in pregnant women outside of jail; and to verify the
maternal factors associated with syphilis infection during pregnancy in free
and incarcerated women. We used data from two nationwide studies conducted
during the period 2011-2014. The Birth in Brazil study included 23,894
free women cared for in 266 hospitals. The Maternal and Infant Health in
Prisons study included 495 incarcerated pregnant women or mothers living
with their children, according to a census conducted in 33 female prisons. The
same case definitions and data collection methods were used in both studies.
The chi-square test was used to compare the characteristics of incarcerated
and free women with a significance of 0.05. For incarcerated women, the estimated
prevalence of syphilis during pregnancy was 8.7% (95%CI: 5.7-13.1)
and for HIV infection 3.3% (95%CI: 1.7-6.6); the estimated mother to child
transmission of syphilis was 66.7% (95%CI: 44.7-83.2) and the incidence of
congenital syphilis was 58.1 per 1,000 living newborns (95%CI: 40.4-82.8).
Incarcerated women had a greater prevalence of syphilis and HIV infection
during pregnancy, lower quality of antenatal care and higher levels of social
vulnerability. Syphilis infection showed to be an indicator of social vulnerability
in free women, but not in incarcerated women. Health initiatives in
prison are necessary to reduce healthcare inequalities and should include adequate
antenatal and birth care. Los objetivos del estudio fueron estimar la prevalencia
de infección de sífilis y VIH en el embarazo,
la transmisión vertical de sífilis y la incidencia de
sífilis congénita en hijos de mujeres encarceladas
en Brasil, además de comparar las tasas con las observadas
en gestantes no encarceladas y verificar
los factores maternos asociados a la sífilis gestacional
en mujeres encarceladas y no encarceladas.
Usamos los datos de dos encuestas nacionales, realizadas
entre 2011 y 2014. El estudio Nacer en
Brasil incluyó a 23.894 mujeres no encarceladas,
atendidas en 266 hospitales. El estudio sobre Salud
Materno-Infantil en las Prisiones de Brasil incluyó
a 495 mujeres encarceladas, entre gestantes
y madres, viviendo con sus hijos, de acuerdo con
un censo realizado en 33 presidios femeninos. Los
dos estudios usaron la misma definición de casos
y los mismos métodos de recogida de datos. El test
del chi-quadrado se utilizó para comparar las características
de las madres encarceladas y no encarceladas,
con significancia definida en p < 0,05. En
las mujeres encarceladas, la prevalencia estimada
de sífilis gestacional era 8,7% (IC95%: 5,7-13,1)
y para infección por VIH era 3,3% (IC95%: 1,7-
6,6); la tasa de transmisión vertical de la sífilis
fue 66,7% (IC95%: 44,7-83,2) y la incidencia de
sífilis congénita fue 58,1 por 1.000 nacidos vivos
(IC95%: 40,4-82,8). Las mujeres encarceladas
mostraron una prevalencia más alta de sífilis y de
infección por VIH durante el embarazo, peor calidad
de atención prenatal y niveles más elevados de
vulnerabilidad social, cuando se comparan con las
mujeres no encarceladas. La sífilis mostró ser un
indicador de vulnerabilidad social en mujeres no
encarceladas, pero no en no mujeres encarceladas.
Los hallazgos destacan la importancia de iniciativas
en las prisiones para reducir las desigualdades
en la asistencia a la salud y de cuidados adecuados
durante el período prenatal y parto.
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