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Interferentes ecológicos na avaliação cognitiva de crianças ribeirinhas expostas a metilmercúrio: o peso do subdesenvolvimento
Registro en:
FONSECA, Márlon de Freitas; TORRES, João Paulo Machado; MALM, Olaf. Interferentes ecológicos na avaliação cognitiva de crianças ribeirinhas expostas a metilmercúrio: o peso do subdesenvolvimento. Oecol. Bras, v. 11, n. 2, p. 277-296, 2007.
1980-6442
Autor
Fonseca, Márlon de Freitas
Torres, João Paulo Machado
Malm, Olaf
Resumen
Este trabalho constitui uma revisão comentada de vários estudos que consideram efeitos degenerativos de poluentes ambientais (especialmente metilmercúrio) sobre a capacidade cognitiva e inteligência humanas. Neste contexto, enumeramos especificamente os principais trabalhos mundiais voltados à busca de nexo causal entre exposição a uma substância tóxica e alterações neurológicas. Ao longo do texto, relacionamos algumas variáveis ambientais sabidamente associadas a déficits cognitivos (anemia, parasitose, isolamento geográfico, desnutrição, exposições concomitantes despercebidas, etc.), bem como os principais testes psicométricos utilizados em estudos desta natureza (WISC-III, Desenho da Figura Humana, Boston Naming Test, etc.). Esperamos, com esta discussão, sugerir aos pesquisadores na área de neurotoxicologia a valorização de outros parâmetros ecológicos quando avaliarem efeitos de substâncias químicas presentes no ambiente, em especial, quando focarem populações não-urbanas, de baixo nível sócio-econômico e, em especial, aquelas mais isoladas geograficamente.