Papers presented at events
Relação entre estado nutricional e autoimagem corporal em crianças moradoras em favela de grande centro urbano e a influência do contexto social
Registro en:
GAMA, Sueli Rosa et al. Relação entre estado nutricional e autoimagem corporal em crianças moradoras em favela de grande centro urbano e a influência do contexto social. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E HUMANAS EM SAÚDE, 8., 2019, João Pessoa. Anais... João Pessoa: ABRASCO, 2019. 2 p.
978-85-85740-10-8
Autor
Gama, Sueli Rosa
Cardoso, Letícia de Oliveira
Engstrom, Elyne Montenegro
Carvalho, Marilia Sá
Resumen
O aumento da prevalência da obesidade infantil, em grupos de baixa renda, é um difícil problema de saúde pública para ação, pois ele surge de rede complexa e interconectada de fatores econômicos, sociais, culturais, ambientais, comportamentais. A imagem corporal resulta da aparência física, da representação mental do tamanho e forma do corpo, práticas, ações, palavras ou atitudes dirigidas a ele. Descrever a consonância / dissonância entre a imagem corporal e o Índice de Massa Corporal (IMC) entre crianças de uma comunidade de baixa renda, com variáveis que são representativas da influência do meio onde a criança vive. Neste estudo avaliou-se 195 crianças pré-púberes com cinco anos ou mais, que foram entrevistadas em 2012. O IMC foi classificado de acordo com os valores de z-score da OMS (pontuação z de baixo peso -2), (escore z> -2 e +1. Encontramos uma subestimação do IMC quando comparado à imagem corporal, especialmente entre crianças com sobrepeso. Somente três variáveis foram significativamente associadas à dissociação entre IMC e imagem corporal: participação no programa de transferência direta "Bolsa Família", e a ingestão de doces industrializados e refrigerantes diariamente. Não se observou associação com o consumo de alimentos tradicionais, inclusive os industrializados com excesso de gordura. A subestimação da imagem corporal entre crianças com excesso de peso é preocupante, pois é mais um fator que contribui ao longo do tempo com o aumento do IMC. Os profissionais de saúde devem reconhecer a imagem do corpo como um componente importante do ganho de peso, buscando práticas participativas e menos autoritárias na orientação nutricional, com ênfase em capacitar as crianças para fazer escolhas saudáveis e auto-cuidado.