Muy pocas veces la psicología latinoamericana  se ha detenido a pensar las especificidades de la ruralidad, siendo que una parte significativa de la población latinoamericana vive en entornos rurales y la mayor parte de la población más pobre de mundo vive en territorios definidos como rurales. Los resultados de investigaciones y prácticas profesionales tienden a ser transferidos de manera acrítica de contextos urbanos a rurales sin una discusión apropiada de sus alcances y pertinencia contextual, se asume ingenuamente que lo humano se identifica con lo urbano. Al mismo tiempo, procesos y dinámicas psicosociales específicas asociadas a la ruralidad quedan invisibilizadas para nuestra profesión. Asumimos que "lo rural" requiere de una mirada específica de la psicología, pues es un campo de problemas que interpela a sus teorías y quehaceres, pensados y desarrollados usualmente desde prácticas socioculturales urbanas. En este número publicamos seis trabajos que rescatan experiencias situadas en contextos rurales de Cuba, Brasil, Ecuador, Guatemala, Uruguay, Argentina y Chile, recogiendo las experiencias de trabajadores de lo rural. Esperamos que la puesta en diálogo de estos trabajos sirva de estímulo para seguir contribuyendo, desde Latinoamérica, a potenciar el trabajo y desarrollo de la psicología rural a nivel global. Desde esta perspectiva, invitamos a nuestros/as lectores y lectoras a dinamizar y compartir estas experiencias de investigación. Latin American psychology has rarely stopped to think about the peculiarities of rurality, even though a significant part of the Latin American population lives in rural environments and most of the world's poorest population lives in territories defined as rural. Research findings and professional practices tend to be transferred uncritically from urban to rural contexts without a proper discussion of their scope and contextual relevance, naively assuming that human beings relate to the urban. At the same time, specific psychosocial processes and dynamics associated with rurality remain invisible to our profession. We assume that "the rural" requires a specific view of psychology, since it is a field of problems that challenges its theories and tasks, usually thought and developed from urban sociocultural practices. In this issue we publish six papers that highlight experiences located in rural contexts of Cuba, Brazil, Ecuador, Guatemala, Uruguay, Argentina and Chile, gathering the experiences of rural workers. We hope that the dialogue of these works will serve as a stimulus to continue contributing, from Latin America, to promote the work and development of rural psychology at a global level. From this perspective, we invite our readers to encourage and share these research experiences.A psicologia latino-americana poucas vezes tem parado para pensar nas peculiaridades da ruralidade, mesmo que uma parte significativa da população latino-americana habite em ambientes rurais e que a maioria da população mais pobre do mundo se encontre em territórios definidos como rurais. Os resultados das pesquisas e práticas profissionais tendem a ser transferidos acriticamente do contexto urbano para o rural sem uma discussão adequada de seu escopo e relevância contextual, assumindo inocentemente que os seres humanos estão relacionados com o urbano. Ao mesmo tempo, processos e dinâmicas psicossociais específicas associadas à ruralidade permanecem invisíveis para nossa profissão. Assumimos que "o rural" requer uma visão específica da psicologia, pois é um campo de problemas que desafia as suas teorias e trabalhos, geralmente pensados e desenvolvidos a partir de práticas socioculturais urbanas. Nesta edição, publicamos seis artigos que destacam experiências localizadas em contextos rurais de Cuba, Brasil, Equador, Guatemala, Uruguai, Argentina e Chile, reunindo as experiências dos trabalhadores rurais. Esperamos que o diálogo destes trabalhos sirva como estímulo para continuar contribuindo, a partir da América Latina, para promover o trabalho e o desenvolvimento da psicologia rural em nível global. A partir desta perspectiva, convidamos nossos leitores a incentivar e compartilhar estas experiências de pesquisa.