Article
Lapis Lazuli. Politics and aqueous contingency in the animation Steven Universe.
Fecha
2018Registro en:
VITAL, André Vasques. Lapis Lazuli. Politics and Aqueous Contingency in the Animation Steven Universe. Series - International Journal Of Tv Serial Narratives, [S.L.], v. 4, p. 51-62, 13 jul. 2018.
2421-454X
Autor
Vital, André Vasques
Institución
Resumen
Steven Universe (2013-), desenho animado norte-americano produzido pelo Cartoon Network, vem recebendo atenção da mídia, do público e da academia por romper com as normas relativas aos programas voltados ao público infantil. É a primeira série animada criada por uma mulher (Rebecca Sugar) no Cartoon Network, e uma das primeiras a centralizar as narrativas de personagens queer, quebrando o binarismo normativo de gênero. O presente ensaio analisa como a série problematiza ainda mais as questões de gênero e sexualidade ao romper com as normas binárias relacionadas à separação entre natureza e cultura na ontologia ocidental por meio da personagem Lapis Lazuli e seus poderes hidrocinéticos. O mapeamento da operação de Lapis Lazuli sugere que a água emerge como elemento anticolonial, eco-queer e pós-humanista, destacando-se por seu poder ativo na constituição de materiais e identidades, quebrando as dicotomias a partir da pluralidade. A água é o elemento que une os corpos humanos e não humanos por afinidades materiais, participa das configurações da diferença e é a força constitutiva do espaço local e planetário, além da contingência fundamental na criação e destruição de ideias, projetos políticos e sentimentos , promovendo uma compreensão mais complexa de sua presença na vida cotidiana.